terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

A frente de esquerda

 

Agora fala-se ,diante da iminência de se consolidar esta maldita direita,numa frente de esquerda.O que eu tenho dito estes anos todos é que não há como fazer uma frente deste tipo se não houver uma proposta para o país,o que os corifeus da esquerda estão dizendo agora(Boulos).

Mas não haverá proposta para o país e nem uma frente de esquerda capaz de ganhar as eleições se não se abandonar os fundamentos até agora aqui válidos para a atuação da esquerda brasileira velha de guerra e põe velha nisto:orelha de livro de Karl Marx.

Não há mais condições de excluir a classe média de um projeto nacional.Aliás não existe nação sem classe média e esta constatação vem desde o 18 brumário de luis bonaparte ,dentro da perspectiva crítica e de rejeição(da classe média)de Marx.

Contudo o inicio do século XX revelou um crescimento desta classe que é tão produtiva e inarredável quanto a classe operária.A partir de então ,mesmo a social-democracia,de inspiração marxista,teve que incorporá-la ,contra Marx.

O governo desassizado Lula/Dilma(não esqueci não)dividiu o Brasil,por não passar da orelha de livro de Karl Marx.Agora este entulho,este contencioso,atrapalha a ideia de um projeto nacional,calcado na classe operária,ou antes, nos pobres(se é que isso é categoria),porque só se fala em frente de esquerda,como se isto fosse suficiente para um projeto nacional.

Naturalmente que por trás disto aí está o conceito de nacional-popular de Gramsci,que já não é muito elucidativo da realidade atual.

Como eu já disse inúmeras vezes,já é assentado há muitas décadas,só no Brasil,que não há mais condições de defender uma hegemonia,que cerque o capitalismo.Por isto tenho dito que a nação é o próximo campo de batalha,tendo que se conectar com uma concepção moderna de internacionalismo.

Mas não se vê na inciativa e na atividade da esquerda,do PSOL,Boulos,Freixo,compreensão destas mudanças inevitáveis.


vaa


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