terça-feira, 27 de julho de 2021

o mercado é de todos assim como o conhecimento

 

É assim mesmo:nós temos que retornar ao ponto de partida e reexplicar certas coisas para que as pessoas entendam.O socialismo real que eu defendi na juventude acabou,mas a questão social não,a utopia não.

E dentro deste pródromo a liberdade para buscar conhecimento e produzi-lo é total.Nós estamos num periodo de olimpiadas e muitos são exaltados por terem começado de baixo e lutado contra condições iniquas de vida para chegar onde chegaram.

Guardadas as devidas proporções eu também fiz este percurso.Me sinto como um campeão olimpico ao produzir conhecimento,mesmo sem titulo de mestrado e doutorado.E acima de tudo defendo que a via do conhecimento,da sua produção, é livre ,ressalvadas algumas precauções em alguns saberes.

Quer dizer, o processo de conhecimento deve se dar como se dão as relações humanas no mercado.A crítica ao mercado permanece ,como uma área complexa em que se obtém muito de verdade,mas também se manipula a humanidade para fins ilegitimos.

A questão da alienação no marxismo perpassa fundamentalmente o mercado,mas a perspectiva atual não é mais fechada ,monistica:o mercado não é a área do vilipêndio como pensava Marx,mas um lugar em que a humanidade se inclui ou se exclui.

Mas nós vemos nitidamente que o mercado é visto só como instância em que se busca a sobrevivência,no imediato do cotidiano.O contato com ele é momentâneo ,aparentemente e parece não ter ligação com este cotidiano,onde o sentido da vida se busca com mais sofreguidão do que o entrecortar de relações entre os homens.

Walter Benajmin se refere ao caráter religioso do mercado e é assim,no meu modo de ver:certa feita Leonardo Boff explicou que a religião é a única atividade humana que não pede nada previamente a quem quer entrar nela.

Assim também é com o mercado,aí está a sua similitude com a religião:todos entram nele sem prévias exigências;mas eu acrescento a república moderna,onde todos,em princípio,entram e são iguais em direitos.E acrescento o ….conhecimento.

Mas neste último caso nós vemos imensas barreiras interpostas ao longo da história para impedir que ela se iguale às outras mediações referidas.

Certo:ela é uma instância não obrigatória,isto é,nem todo mundo busca o conhecimento,mas ele se impõe como algo inevitável na própria existência.O existir é adquirir conhecimento o tempo todo.

Então nós estamos nos referindo aqui ao conhecimento como algo que transforma a sociedade e a humanidade,o conhecimento como um projeto coletivo de ajuda à humanidade.

Em que sentido isto é necessário?Próximo artigo.



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