segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Petição de Principio

 

Vira e mexe venho expressar e aprofundar os meus critérios de trabalho.Muitos criticam esta minha mania de responder.Por elas deveria deixar passar.Contudo eu digo que nestas ocasiões se me oferece uma oportunidade de mostrar o quanto tenho de conteúdo para mostrar,reforçando que não sou superficial,antes faço as coisas com conhecimento e bagagem.E com muito trabalho,crítica e autocritica.

Pela enésima vez digo que um dos desafios da minha escrita é adaptá-la à cabeça da pessoa comum,sem vulgarizar ,sem desbaratar os fundamentos e mesmo exigindo um pouco do leitor não treinado.

Acrescente-se que sou interdisciplinar e para cada assunto de que trato impõe-se um estilo,uma maneira:para os estudos do marxismo,um estilo estrutural/estruturalista;para os temas mais comuns a todos,um estilo mais popular e para a filosofia,a preocupação em ser claro,já que uma das coisas que mais me impressionam na filosofia é como ela é distorcida quando passa para o senso-comum.E como esta passagem tem eficácia na fundamentação de movimentos que,não raro,causam cataclismos na sociedade.No fundo isto prova a força da filosofia e sua atração pelo povo,mas isto deveria ocorrer não pela distorção,mas por seu rigor mesmo,o que a tornaria mais útil e progressista.

Aquilo que é variação na minha forma de escrever se explica pelos objetivos de meu trabalho,agora listados.Mas eu reconheço que eventualmente e principalmente na relação com o senso-comum,pode haver derrapagens e alguma coisa que não soa bem.

Outras que não soam bem ,no entanto,são meramente propositais.Aprendi que no discurso politico,uma das técnicas mais eficazes é a repetição.Napoleão dizia que o único método eficaz de discursar é repetir certas palavras,que se tornam meio mágicas e se fixam na mente da assistência.

Quem aplicou estes principios com maestria,aqui no Brasil,foi Lacerda,nosso maior orador:sempre que terminava uma frase a repetia .”Eu luto contra a venalidade e a corrupção” e aí:”a venalidade e a corrupção”.Em cada lugar da frase ou em cada momento do discurso,relacionando-a com certos conceitos ,a repetição acaba por ser um meio de conduzir a cabeça das pessoas.Dependendo de todo este contexto,de toda a técnica,constrói-se um mito.Na verdade,este processo de realização do discurso,é,no microcosmos,a formação do mito na história humana(macrocosmos).Abordarei este tema depois.Esta técnica é usada no senso-comum,pelos silvio santos aí:”vai para o trono ou não vai?!É ou não é?!!”(só uma observação...).

Pois bem,eu uso a repetição propositalmente para causar impacto na cabeça dos meus leitores.Uso eu constantemente para chatear a esquerda e os comunistas(nem sempre são idênticos).Uso expressões populares no lugar de expresões rigorosas para facilitar a aproximação da pessoa comum,mas não vulgarizo e sempre coloco o termo próprio no texto,é só olhar.

Erros são cometidos por todos em suas atividades profissionais(a minha é[não dou palpite não]).Mal comparando muitos críticos entrevêem problemas no estilo de Euclides da Cunha.Para eles ainda era um autor em formação que guardava contradições e dificuldades no modo de virgular,por exemplo.

Igual ataque sofreram Lima Barreto e Machado de Assis.Para José Veríssimo este último escrevia como gago(Machado era gago).Mas com ou sem nome o crítico só o é pelo criador.Sem ele o parasita morre.

Eu(olha aí...)procuro os critérios de prudência de Aristóteles para não ser totalmente erudito(só alguns textos) e nem excessivamente popular(no sentido de ruim).


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