Errata
“Quem viu as multidões que fizeram força para a eleição de Biden viu hoje as mesmas cercar a Casa Branca para protestar contra a decisão do democrata Biden quanto à questão do aborto.”
Eu comecei assim o artigo com o tiulo acima,mas eu errei,não foi o Biden,mas a Suprema Corte dos Estados Unidos que tomou a decisão contra o aborto.
À parte a imagem de Biden que tracei a análise não muda muito a não ser por isto.Então eu vou fazer algumas modificações sobre este fato terrível da sema na que passou.
Eu já expliquei:a sociedade estadunidense é conservadora e a sua “ sociedade politica” expressa isto.Normalmente se espera que os democratas se aproximem muito da esquerda,da social-democracia,mas não é assim.
O vice dos democratas é sempre alguém que equilibra a plataforma mais adiantada do Presidente com a visão conservadora do estadunidense médio.Não tem sentido virar totalmente à esquerda e perder esta média,que é muito forte,inclusive em rincões tidos como de posse dos democratas,como no sul dos EUA.
Assim como Trump,de direita,mantém o Partido Republicano no lugar,no conservadorismo,o vice democrata sempre foi assim.E agora não está sendo,lamentavelmente,diferente.As considerações que fiz muito tempo sobre a mudança de Biden,a sua inflexão à direita continuam válidas,mas ,neste momento,o clima semelhante ao da guerra-fria,com a guerra na Ucrânia e a polarização ,de novo,EUA/Rússia(ou URSS?),empurrou ainda mais o Presidente Biden para a direita.Netse processo,em que Biden perde força,a decisão da Surpema Corte revel crescimento do consevadorismo,mas pior:a influência da extrema-direita,ligada a Trump e que é “ dona” deste item de programa ,afeito à religião em geral.
A premissa dos meus artigos anteriores recoloca a questão de saber se a inflexão de Biden é uma tenativa de diluir a ultra-direita ou garantir a média conservadora e eu respondo:os dois,mas com um dado novo,que é o reaparecimento,forte da direita ainda mais conservadora,ou melhor(ou pior),reacionária.
Agora existe uma aproximação da direita reacionaria.Lamentavelmente os auspicios do dia da eleição não só não foram confirmados,como distorcidos e talvez...traidos por uma necessidade politica que ou acua Biden,que não tem outra alternativa(será?) ou é um ato consciente de expressar os EUA profundos,quiçá para enfrentar Trump na próxima eleição.Mas será que este não vai ser um tiro pela culatra?E esta decisão não o prova?Se dois candidatos muito à direita concorrerem,Trump ficará mais forte,porque terá uma identidade mais firme,de mais tempo,a ser reconhecida.
Se for um acuamento inevitável aí era preferível que os Estados Unidos fossem um parlamentarismo porque seria hora de Biden renunciar,recebendo uma moção de desconfiança ou não.Se ficar clara na próxima eleição esta fraqueza, repito o que disse no outro artigo:se não ganhar Trump,ganhará a direita,para desastre do mundo.
Mas é bom este republicanismo clássico porque assim haverá tempo para Biden se recuperar,que é o que ele está fazendo agora.
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