sábado, 18 de agosto de 2018

Mais erros de Boulos e do Psol.



Fala-se muito em reforma política hoje em dia,mas se observarmos, a eleição em dois turnos opera uma seleção,que,por si mesma é um modo de reforma política.
Reforma política significa ,em última instância,diminuir o número de partidos,para garantir uma representação real do povo.
Costuma-se acusar o povo de votar mal,mas a culpa real é dos partidos que escolhem mal.Os partidos não selecionam,não se relacionam cotidianamente com a sociedade,então se tornam ficções,nominais,sem nada,sem programa.
Mas o mais grave é que estes partidos brasileiros se reproduzem mesmo sem estes necessários conteúdos programáticos.E fazem a festa de personalidades e de idéias vazias.
É o caso de Boulos,que eu citei em artigo anterior:como ele aparece diante do público sem dizer como vai fazer a sua revolução da tributação?Defender algo assim sem mostrar o como não é uma manifestação e vacuidade somente,mas de falsidade,de  nulidade,que só ocupa tempo do eleitor,da televisão e da mídia em geral.
Alega-se que num primeiro turno isto é admissível,mas eu não acho.Isto é uma prova de que não há respeito pelas necessidades do povo,mediadas pela representação.
Então,porque existe o primeiro turno o candidato vai lá só para aparecer,sem ter a obrigação de ser viável?O espaço público passa a ser então o meio de transmissão de uma carreira pessoal,que favorece a um partido que deveria,por obrigação,viabilizar os seus projetos,ou melhor,fazer deles algo eficaz,veraz,eficiente.Quem não tivesse isto a cláusula de barreira impediria de acessar o espaço público.
Como nenhum partido tem conteúdos,mesmo os de esquerdatradicionais e os novos,como o PSOL,a cláusula de barreira passa a ser previamente um ato autoritário dos partidos majoritários.E isto seria desgastante para os “ barrados no baile” e para os seguranças da boite...porque não há critério real para realizar esta ruptura.O critério seria o grau de inserção na sociedade dos programas,mas como não os há,fica este chove não molha que ajuda a estes anódinos,sem idéias ou com idéias que nem eles mesmos sabem como implantar(e não procuram saber).
Mas na hora da eleição,pelo menos,um exercíciode programa,com propostas  mais factíveis,mais fundamentadas,mais discutidas nos partidos,deveriam ser apresentadas e isto já seria um começo de construção de programas.
Mas dentro dos partidos não há uma estrutura de discussão permanente.Eu fui até eles,porque pensava que era como no antigo pcb,onde discussões eram feitas regularmente,mas não vi nada.
Tudo o que está acontecendo nestes debates é uma falsidade,uma fumaça de nada, muito preocupante.

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