O
que avulta para mim neste primeiro debate entre os presidenciáveis foi uma
certa falta de entusiasmo,digamos assim,de Marina.
Marina
ficou nesta eleição,entre dois fogos,esquerda e direita, e por isso mesmo eu
pensei ser ela a mais capaz de unificar a nação,discurso que está sendo
manuseado por Alckmin(talvez ele e Fernando Henrique tenham aceitado as minhas
sugestões aqui...).Mas se Alckmin fez um arco imenso de alianças que é ao mesmo
tempo vantagem e problema,Marina tem uma ligação direta com o povo,principalmente
aqueles,que como eu,não querem saber dos partidos,mas do país.
Marina
é o antípoda verdadeiro de Lula,só quem sem o salvacionismo:ambos buscam uma
ligação direta com o povo.
Como
eu disse,isto apresenta um lado bom e um lado ruim.A falta de partidos é ruim
para a mobilidade futura do governo,mas a ligação com o povo legitima mais.No
caso de Alckmin não se sabe se a quantidade de apoiadores paralisa ou agiliza a
administração.Na minha opinião,no inicio tudo são flores e disposição,mas se o
governo não consegue realizar os seus objetivos,a coisa tende a desandar.De
qualquer maneira é sempre uma responsabilidade maior e a aliança do PSDB é
deveras heterogênea.
O
começo de Marina, o pontapé inicial da campanha, tinha que ser o mesmo do
paulista,não importando o marketing da distinção,mas a verdade da necessidade
do Brasil,que é a união das classes para debelar o desemprego.
Ela
tinha e tem mais chances de que este discurso fique mais homogêneo na sua
campanha (e no governo)e cale mais fundo na alma do povo,uma vez que ela não
tem os compromissos passados de Alckmin.As pessoas não reconhecem,mas ela é
nova sim no pleito,ainda que já tenha obtido grande eleitorado na última
eleição.
Talvez,,me
parece,que esta votação anterior a esteja dando excessiva tranquilidade ,no
limiar da campanha,mas é preciso ver que é este primeiro passo o mais importante,porque
o conceito bem fundamentado e discernido tem mais condições de crescer se for colocado
desde logo.
Eu
já fiz uma observação como esta a respeito de Roseana Sarney e da mulher em
geral,mas devo repeti-la aqui a respeito de Marina.Por mais provada que ela já
esteja como política,a mulher sempre sofre um nível maior de exigência,pelo
machismo que entrecorta a sociedade.Se a mulher/candidata não estiver sempre um
tom acima,ou num passo antes(como num tabuleiro de xadrez),ela não “ cola” na
consciência do povo e isto pode,em determinado momento,ser fatal.
Marina
está correndo este risco.
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