terça-feira, 12 de novembro de 2019

Análise de Conjuntura:depois de Lula

A semana começa com os efeitos da soltura de Lula.Naturalmente ,por motivos pessoais e politicos,ele teve que ser agressivo,mas ainda não sabemos se haverá uma repercussão,um revérbero ,no povo,do que ele pretende fazer:influenciar na eleição de presidente de 2022.
Sim,porque ele não é ainda ficha limpa e portanto não pode se candidatar,mas semelhantemente a Getúlio em 1945 e a Benedito Valadares ,por mais de vinte anos,se habilitou a ser o fiel da balança da politica brasileira.
Mas isto depende dos ecos no povo e a maneira como ele vai aceitar esta proposta de Lula e a resposta dada marcará não só a política,mas a história do Brasil.
Se o povo acorrer para o ex-metalúrgico,ficará provado que ele (o povo) não se importa com a questão da corrupção,sendo conivente,no cotidiano,com ela.Esta prática que joga na miséria a maior parte do povo brasileiro,não é só coisa dos politicos e partidos,mas também do povo.
Amigos,a minha análise se baseia em elementos bem simples:desde 1930,não só no Brasil,mas em muitos lugares,nós vemos uma contraposição entre uma direita tradicional e uma esquerda que oscila entre o centrismo e o radicalismo de esquerda,não raro comunista,tocado pelo maior dos radicalismos,com quem frequentemente faz aliança.
Em muitos lugares a média ética da sociedade acaba se virando para a direita quando a esquerda,quase sempre, a ataca,por algum motivo.Mesmo que a esquerda não faça nada,a direita sempre expõe o espantalho do perigo à vista,associando o inimigo com outras “ ameaças”:ideologia de gênero;os japoneses;os chineses.
A esquerda faz o mesmo,com as suas características:a culpa da miséria é do tradicionalismo,da igreja,do atraso,da classe média,assim por diante.
No meio desta besteira geral,o marisco,o povo.
Lula não tem demonstrado ser diferente desta esquerda que eu critico e que esperava que ele superasse logo na sua primeira eleição.
Tenho dito que a tarefa dele era mudar a esquerda,reconhecendo os seus erros.Não vejo nos seus movimentos e falas algo diverso disto,logo depois da soltura.
O projeto nacional da esquerda implica em unificar o país, através da união da classe média com a classe operária e incorporar à nação a ideologia(ou o oposto),abandonando esquemas velhos de compreensão da sociedade.
Como Allende ,que deveria ter ampliado o arco de alianças e repudiar os radicais,Lula não está parecendo compreender este fato:eleitoralmente vai buscar apoios em gente que o apóia em público,mas nas redes detona o seu programa(PSOL).
Se Lula não entender a necessidade de acoplar a sua estratégia a este objetivo nacional e não se colocar no centro,repudiando a direita e os radicais à esquerda,partindo para o confronto,como tem feito,só açulará de novo as mesmas reações que a roda da história já mostrou aonde leva.

5 comentários:

  1. O centro já está ocupado. Aliás, os governos do Lula foram sempre de uma social-democracia centrista, mezzo redistributivista, através de políticas sociais e inclusão, preservando os setores chave da economia nas mãos dos de sempre. Isso se justificou pelo estado da acumulação de forças, nacional e internacional, mas tb pela visão do próprio. Assim, hj, não convém repetir a dose, porque o remédio/vacina não evitou a doença, como sabemos (o golpe). Ampliar a frente político-eleitoral é sempre uma meta da esquerda. Dentro dela tem que estar a classe média, obviamente, sua eterna preocupação. Porém, a novidade é que parte dela adotou comportamento diretamente fascista e isso constitui um problema para a estratégia. Por fim, a centro-esquerda já não está reunida, porque ainda não se consumou o enredo bolsonarista de organizar um governo autoritário. O que é um erro, pois antes é sempre melhor do que depois. Mas, com parte da oposição (Ciro, em primeiro lugar), procurando construir sua alternativa, laborando, tal como a direita, e vc, num antipetismo radical, essa união tá meio difícil no momento.

    ResponderExcluir
  2. não senhor,o Lula foi sempre obreirista e calcado só na classe operária.esta sua análise não tem sentido,porque ele é de ultra esquerda e eu não sou anti-petista,ams pró-brasil.

    ResponderExcluir
  3. Lula é ultra esquerda? De onde vc tirou isso? Não certamente de sua, dele, prática, porque esta sempre foi reformista (ou obreirista, como vc colocou). A diferença entre vc e Bolsonaro é, pelo jeito, que ambos são pró Brasil, mas discordam no antipetismo (a conferir). E minha análise tem total sentido. A sua, que eu não sei bem qual é, é que carece de sentido estratégico, porque fundada em pura ideologia denuncista.

    ResponderExcluir
  4. põe teu nome aí Tadeu(kkk).os partidos têm que ser nacionais.desde quando o páis se dientifica com Bolsonaro.argumentos ,não provocações .votei no haddad.

    ResponderExcluir
  5. como não é ultra esquerda?!!lgbt,movimento negro,drogas,como não é?

    ResponderExcluir