Não importam os governos,as
ideologias,mas a decisão dos governos quanto aos problemas de
administração.
A direita procura relacionar as
epidemias provindas da China com a ideologia,mas eu não fiz isto no
artigo anterior.
A responsabilidade de um governo
,qualquer que seja ele ,diante de uma situação deste tipo,não tem
a ver com as concepções.Nós vemos que existem revelações de
atraso na abordagem da epidemia nos páises todos.Hoje foram feitas
acusações diretas ao presidente Trump e os chineses,diante das
acusações contra eles,apresentam outras possibilidades,inclusive de
os americanos terem levado o coronavirus para a China!Isto depois de
admitirem claramente que era uma questão do regime alimentar do
país,o qual já havia sido o causador da gripe aviária.
Isso revela o descompasso entre a
ciência e os interesses politicos.O pragmatismo da politica se
sobrepõe a tudo,segurança,saúde,etc.
Quando esta crise passar é
imperativo tirar uma lição exata para o futuro.Mas será que depois
de tantos exemplos históricos da incapacidade humana de aprender
temos esperança de que desta vez não será assim e que a ciência
vai ter um papel retor?Pelo menos uma parte do sonho de Platão vai
se estabelecer?Ou seja os politicos vão respeitar exigências
transcendentes aos seus objetivos particularisticos?
A resposta é complexa ,mas um
ponto inicial decisivo é que a comunidade internacional vai ter que
se entender.
A resposta mínima da peste do
século XIV foi uma universalização,uma visão humana geral e agora
isto vai se repetir.
Como tenho dito isto era o que ia
acontecer depois da 1a Guerra e a gripe espanhola,mas os fatos
conduziram a uma permanente confrontação,só encerrada em 1991.
As condições para o surgimento
de uma comunidade humana geral,capaz de decidir coletivamente, estão
dadas.Mas isto vai exigir mudanças drásticas e fundamentais nas
relações entre os países.
O que eu disse é que está mais
do que determinada a causa desta epidemia,que já era prevista,mas a
reação de todos é comparável a da crença religiosa.
Tem que sair daí uma nova
certeza,ou novas certezas.
Mesmo que a ciência não tenha
condições de determinar o que vai acontecer,uma moral provisória,de
proteção permanente da condição humana,terá que ser construída.
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