Tenho
que vir aqui novamente para falar sobre os meus numes tutelares
Ulysses e Tancredo para comentar uma iniciativa da Folha de São
Paulo,que,acho,foi inspirada em mim e nos meus textos.
O
recomeço do processo de transição é uma exigência dos dias
atuais,porque a crise atual surgiu pelo retorno dos problemas não
resolvidos na época da transição.Lula concedeu uma entrevista
recente denegando a sua responsabilidade e do PT no ter facilitado a
chegada ao poder disto que está aí,mas foi sim culpa deles.
Dilma
tem a mesma cabeça da guerrilheira,da esquerda radical,que enveredou
pelo caminho erradíssimo da luta armada.Chegando ao poder achou que
podia e devia confrontar toda a estrutura militar,que ainda sobra dos
seus tempos de juventude,confiando que na democracia não haveria
meios de estes setores fazerem algo parecido ao que a ditadura fez.
Mas
fez:aproveitou-se mais um erro da esquerda e de um desgoverno e
reunindo forças pode colocar outro desgoverno,como aquele da
ditadura,para “ proteger” o Brasil.
Eu
previ que ia ser assim desde 2013 e agora propus eu mesmo voltar ao
periodo da transição,que não se completou no governo Sarney.E
acresça-se a isto o oportunismo de setores da esquerda que usam este
contencioso não diluído,para se locupletar politicamente.
Foi
esta a motivação de trazer as figuras de Tancredo e Ulisses para o
nosso tempo.
A
Folha resolveu entrar pelo mesmo caminho só que naturalmente com
outro propósito:o de explicar às novas gerações o que foi a
ditadura.Mas a motivação é a mesma,a de refundar a república,a
partir da recuperação do passado.”O passado é o prólogo”,diz
Shakespeare.Nós estamos retornando ao passado porque não o
esquecemos,mas não se trata de esquecer e sim colocá-lo no devido
lugar.Fazer o ter e o haver deste passado,identificar o que não pode
sair dele no presente e deixar para trás a matéria própria dos
historiadores.Folha ,me contrata aí!
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