quinta-feira, 2 de julho de 2020

Apostolos pedro e paulo e a Folha

Tenho que vir aqui novamente para falar sobre os meus numes tutelares Ulysses e Tancredo para comentar uma iniciativa da Folha de São Paulo,que,acho,foi inspirada em mim e nos meus textos.
O recomeço do processo de transição é uma exigência dos dias atuais,porque a crise atual surgiu pelo retorno dos problemas não resolvidos na época da transição.Lula concedeu uma entrevista recente denegando a sua responsabilidade e do PT no ter facilitado a chegada ao poder disto que está aí,mas foi sim culpa deles.
Dilma tem a mesma cabeça da guerrilheira,da esquerda radical,que enveredou pelo caminho erradíssimo da luta armada.Chegando ao poder achou que podia e devia confrontar toda a estrutura militar,que ainda sobra dos seus tempos de juventude,confiando que na democracia não haveria meios de estes setores fazerem algo parecido ao que a ditadura fez.
Mas fez:aproveitou-se mais um erro da esquerda e de um desgoverno e reunindo forças pode colocar outro desgoverno,como aquele da ditadura,para “ proteger” o Brasil.
Eu previ que ia ser assim desde 2013 e agora propus eu mesmo voltar ao periodo da transição,que não se completou no governo Sarney.E acresça-se a isto o oportunismo de setores da esquerda que usam este contencioso não diluído,para se locupletar politicamente.
Foi esta a motivação de trazer as figuras de Tancredo e Ulisses para o nosso tempo.
A Folha resolveu entrar pelo mesmo caminho só que naturalmente com outro propósito:o de explicar às novas gerações o que foi a ditadura.Mas a motivação é a mesma,a de refundar a república,a partir da recuperação do passado.”O passado é o prólogo”,diz Shakespeare.Nós estamos retornando ao passado porque não o esquecemos,mas não se trata de esquecer e sim colocá-lo no devido lugar.Fazer o ter e o haver deste passado,identificar o que não pode sair dele no presente e deixar para trás a matéria própria dos historiadores.Folha ,me contrata aí!


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