Eu ia ficar sem dizer nada,para não criar mais animosidade no clima atual do país.Aqueles que disserem que é pretensão minha falar isto eu digo que já sou lido por todo mundo.
Mas resolvi dar a minha opinião sobre os acontecimentos que parecem culminar com o 7 de Setembro.
Desta vez há um medo real de retrocesso.Não há certeza,mas risco.E quem conhece a história e vivenciou outros momentos sente que nada está bem.
Mas ,consentâneamente com as análises que tenho feito aqui,há algo pior do que o golpe em si ,que torna o Brasil inclusive muito parecido com os Estados Unidos atual:o problema da politica no seu cotidiano,nos seus intersticios,quer dizer, “por debaixo”, assume um papel e um peso ainda maiores do que o que acontece “ em cima”.
O esforço da direita em criar este barulho imenso revela uma certa fraqueza politica,mas cuidado!,no plano do cotidiano,do dia a dia,esta forçação” tem reflexos,revérberos e … continuidade.
Foi por isso que Trump fez o escarcéu antes de entregar a contra gosto o mandato:aos historiadores caberá provar que talvez estas inflexões à direita de Biden seja uma impossibilidade dele de governar.Os cartéis da guerra adquiriram tanta força com o escarcéu da direita que ele não pode recuar.
Mais um efeito grave da decisão desastrada de Biden de sair do Afeganistão:o enfraquecimento de sua autoridade e dependência cada vez maior do conservadorismo americano(para não dizer direita).Como eu disse:se fosse no final do governo a direita voltaria ao poder.
Aqui no Brasil ,sucede algo simile:todo este ruido é para ,independentemente do golpe,manter a direita como força a ser considerada nos próximos anos.
Tal foi a herança que o governo imbecil Lula/Dilma deixou para o Brasil.Mas eu não vou retornar a esta análise que eu já fiz.O Brasil nuca teve direita.Agora tem.E esta direita usa estes truques para permanecer,para fincar pé e quem sabe nunca mais sair,se colocando sempre como alternativa.
Os setores democráticos,que não falam nada,estando quietinhos,no cantinho,podem estar argumentando que é pior confrontar,mas diante desta base analítica eu me pergunto se isto não é omissão,omissão criminosa ou até conivência com esta situação toda.Se não há um cálculo de se aproveitar de uma eventual nova situação.Quero acreditar que não,mas que parece,parece.O silêncio induz a pensar assim.
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