quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

O ardil 22 aplicado ao Islã



O  ardil  22  é  aquele  que  se  refere  à intenção  dos  soldados  que  querem  sair  da  corporação,seja  por  qualquer  motivo.Eles  tentam  provar  que  são  loucos,porque  assim  são  retirados  do  exército.Mas  é  difícil.Todo  maluco  verdadeiro  não  diz  que  é.Só  aquele  que  prova  com  a  loucura, sê-lo  ,é que  é.
Ora,se  a  figura  de  Maomé não pode  ser  criada  e  se isto  é uma  regra  que  vem desde a  época  de  suas  andanças  pelo mundo,ninguém  sabe  como ele  realmente  era,como  era  o  seu  rosto,logo  todas  as  imagens são  imaginação  dos  desenhistas,não  correspondendo  à  sua  figura  real.
Se a idolatria  se  estrutura  sobre a  visualização  do  seu  rosto  real,não  existe esta  idolatria  sobre  algo  imaginário.O  Islã  parece   o    doente  imaginário”  de  Molière,  fazendo  tudo  para  que  todos  acreditem  naquilo  que não  é  senão  isto:crença.
Os  estudos  sobre  idolatria  começam  com Francis  Bacon  o filósofo,no  rastro  da  ciência  moderna  empírica,que  só  admitia  como  verdade aquilo  que  é  comprovável.Mas  antes  ,as escolas  helenísticas  já  falavam  da “  eidola”,que em grego  quer  dizer,fumaça,algo  que  parece  existir  mas  não é.Em  todo  caso  aceitar acriticamente  algo  como  esta  fumaça é  idolatria,crença.
As  religiões monoteístas  são  calcadas  na  rejeição  da  idolatria,porque  elas  nascem de  sociedades  idolátricas,politeístas,como a  romana  e a  egípcia,em  que  os  deuses  quase  se  identificam com  os  donos  do poder,as  aristocracias.Idolatrar  este  deuses  pagãos  era  colocar  as pessoas  no  lugar  de  Deus.
Existe  uma  lógica  nesta  prescrição,mas,historicamente,  a  relação  com  as  pessoas sempre  apareceu ,de um jeito  ou de  outro,nas  religiões  monoteísticas.
Como  sustentar  esta  visão  anti-idolátrica  no  cristianismo com esta  pletora  de santos?Como  parte  da  luta  do  cristianismo  contra  o paganismo  romano,estes santos  ,expressando  determinados  valores  supersticiosos,ganharam a consciência  supersticiosa  do  romano  comum.Mas  não  me  venha  dizer  que  isto  não  é  idolatria.Ou pelo  menos,que  não  existam  identificações  da  divindade  com  os  homens.Os  teólogos  cristãos  modernos  acochambram  esta questão dizendo  que  a  idolatria  é  quando  se  adora  as  pessoas,mas  o  que  os  cristãos  devem  fazer  é  seguir  os  valores,mas  eu  digo:esta  religião,com  tantas imagens,não  é  monoteísta  coisa  nenhuma.
O  mesmo  acontece  com o Islam:se  a  idolatria  é  a adoração  do  homem  Maomé,que  não  pode  se  sobrepor  a Deus,sendo a  garantia  deste  dogma  essencial  o  não  fazer-lhe  imagens,como  inquinar a imaginação  como  idolatria?Idolatria  seria  se  fosse  ele realmente.Teologicamente    atacar  o  desenho de  Maomé não  tem sentido,porque a  imaginação  não  é  o  fundamento  da  fé  em  Deus.Tenho  certeza  de  que  milhões  de meninas e meninos muçulmanos,por  mais  repressão  que  haja,desde a  época  da  vida  do profeta,imaginaram  e  sonharam ( e  sonham)com  o seu  rosto.O  que  fazer  com este  pecado  de pensamento?Bater  quando a  criança  estiver  sonhando?
A  atitude idolátrica é  a do  terrorista porque    acha  que  o  profeta  foi  atacado realmente.Proibir  fazer  imagens,mesmo  nos territórios  do  Islã também  não significa  nada,porque  ninguém deixou  um retrato  dele.
Estas  figuras  de  povos  muçulmanos  retratando o  profeta  destruíram a  religião?
 
 
 


O  que define a idolatria  é  a  relação real  de adoração  porque a  imaginação não  destrói a  fé,pois  ela  não  fundamenta  nada,só  uma  visão  pessoal.Ela  não  coloca  o  homem  no  lugar de  Deus,o  que  o  faz  é  a  falta  de  fé.

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