domingo, 2 de setembro de 2018

Menos mal


O impedimento da candidatura Lula sepultou o pior cenário que eu esperava,a polarização entre a direita de Bolsonnaro e a esquerda,falida ,de Lula e o PT.Nunca pude imaginar que o PT (e Lula)fosse chegar a este nível de degradação que demonstra nestas dias  que correm.
Eu disse e preconizei que o PT devia se refazer,se reinventar,como a esquerda deve fazer toda a vez que erra.Tudo bem,Lula não tem condições,mas o PT tem.Tudo bem ,admito até que se colocassem contra o seu aliado da véspera,Temer,mas isto não impediria este processo de reconhecimento dos erros políticos ,com a consequente necessidade de mudança ideológica.Mas não aconteceu nada disso e isto tem explicação:os “ de baixo”(tem gente aí usando esta minha “ nomenclatura”)na esquerda,as vanguardas, precisam de Lula,precisam da vitimização para continuar nos seus lugares de poder,nos sindicatos,terceiro setor e outros organismos partidários ou aparelhados.
Apesar da destruição que esta insistência causa,inclusive em quem não tem nada com o negócio(não sendo do PT,mas sendo de esquerda),estas vanguardas não se importam  senão consigo próprias ,estabelecendo uma ligação falsa do movimento com elas,fato que conspurca a esquerda há muitas décadas.
Os exemplos que estão aí provam esta degradação.Haddad é o capacho do capacho.Se Dilma era de Lula,Haddad o é dos dois.Um político que é mais um   aparatchik se presta a este papel ominoso de correia de transmissão de um político salvacionista e populista que estertora diante de todos,mostrando estar sem proposta,programa.Está sozinho,vivendo pelos outros ,num falso solidarismo,já que ninguém está pensando em outra coisa senão em si mesmo e ,pior,usando a questão social.
Agora,Bolsonnaro não tem a tendência a crescer,já que sem Lula ,não pode usar este último como espantalho.Permanece a ação dos radicais,mas esta se dilui um pouco mais.Pelo menos esta é a tendência,mas tudo mudar...
Alckmin já ataca Bolsonnaro,exatamente pressentindo este fenecimento da direita e isto favorece o predomínio dos candidatos nacionais,ele próprio e Marina,que ainda que xoxa,pode ter uma chance de crescimento.
Deste modo,a eleição fica em torno deles e os debates podem ficar mais substantivos.Alckmin tem uma base sólida,mas precisa se aprofundar e Marina também precisa entender a natureza especifica de suas relações com a esquerda,que já anda batendo nela:ela tem que associar o pensamento de  esquerda ao problema nacional,mas curiosamente,comete o mesmo erro do candidato João Vicente Goulart,de se escudar e reproduzir as reinvindicações destas referidas vanguardas.Ela deve deixar o prurido de copiar Alckmin e entender que a “ questão nacional” hoje é prioritária e em ,futuro breve,será a condição de solução da “ questão social”.Marina não está vendo este problema geral.A questão nacional não é propriedade de ninguém.
O programa essencial é unir o Brasil e acabar o mais rápido possível com o desemprego.Se estas duas coisas não forem realizadas,o perigo de golpe continua.

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