O impedimento da
candidatura Lula sepultou o pior cenário que eu esperava,a polarização entre a
direita de Bolsonnaro e a esquerda,falida ,de Lula e o PT.Nunca pude imaginar
que o PT (e Lula)fosse chegar a este nível de degradação que demonstra nestas
dias que correm.
Eu disse e
preconizei que o PT devia se refazer,se reinventar,como a esquerda deve fazer
toda a vez que erra.Tudo bem,Lula não tem condições,mas o PT tem.Tudo bem ,admito
até que se colocassem contra o seu aliado da véspera,Temer,mas isto não impediria
este processo de reconhecimento dos erros políticos ,com a consequente
necessidade de mudança ideológica.Mas não aconteceu nada disso e isto tem
explicação:os “ de baixo”(tem gente aí usando esta minha “ nomenclatura”)na
esquerda,as vanguardas, precisam de Lula,precisam da vitimização para continuar
nos seus lugares de poder,nos sindicatos,terceiro setor e outros organismos
partidários ou aparelhados.
Apesar da
destruição que esta insistência causa,inclusive em quem não tem nada com o
negócio(não sendo do PT,mas sendo de esquerda),estas vanguardas não se importam
senão consigo próprias ,estabelecendo
uma ligação falsa do movimento com elas,fato que conspurca a esquerda há muitas
décadas.
Os exemplos que
estão aí provam esta degradação.Haddad é o capacho do capacho.Se Dilma era de
Lula,Haddad o é dos dois.Um político que é mais um aparatchik se presta a este papel ominoso
de correia de transmissão de um político salvacionista e populista que
estertora diante de todos,mostrando estar sem proposta,programa.Está
sozinho,vivendo pelos outros ,num falso solidarismo,já que ninguém está
pensando em outra coisa senão em si mesmo e ,pior,usando a questão social.
Agora,Bolsonnaro
não tem a tendência a crescer,já que sem Lula ,não pode usar este último como
espantalho.Permanece a ação dos radicais,mas esta se dilui um pouco mais.Pelo
menos esta é a tendência,mas tudo mudar...
Alckmin já ataca
Bolsonnaro,exatamente pressentindo este fenecimento da direita e isto favorece
o predomínio dos candidatos nacionais,ele próprio e Marina,que ainda que
xoxa,pode ter uma chance de crescimento.
Deste modo,a
eleição fica em torno deles e os debates podem ficar mais substantivos.Alckmin
tem uma base sólida,mas precisa se aprofundar e Marina também precisa entender
a natureza especifica de suas relações com a esquerda,que já anda batendo nela:ela
tem que associar o pensamento de
esquerda ao problema nacional,mas curiosamente,comete o mesmo erro do candidato
João Vicente Goulart,de se escudar e reproduzir as reinvindicações destas
referidas vanguardas.Ela deve deixar o prurido de copiar Alckmin e entender que
a “ questão nacional” hoje é prioritária e em ,futuro breve,será a condição de
solução da “ questão social”.Marina não está vendo este problema geral.A
questão nacional não é propriedade de ninguém.
O programa
essencial é unir o Brasil e acabar o mais rápido possível com o desemprego.Se
estas duas coisas não forem realizadas,o perigo de golpe continua.
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