sexta-feira, 9 de junho de 2023

O Flamengo numa encruzilhada

 

(O Brasil também)

Relembrando as criticas que tenho feito contra estes enclaves da Europa no Brasil,os estádios em forma de arena ,impostos pela FIFA e aceitos pelos sobas brasileiros,disse que isto afetava todo o futebol brasileiro,mas que ,entre todos,o Flamengo era o que mais houvera sido atingido,porque o povo pobre que construiu o clube não mais participava dos jogos,só pela televisão.

Neste momento em que eu escrevo o Flamengo lançou uma noticia dando conta de que o jogo ultimo do time foi assistido por seis milhões de pessoas,pela televisão.

Pensando no futuro do futebol brasileiro,nestes ultimos meses,eu me dera conta de que uma das saidas para solucionar tal problema,bem como,pari passu,o da arrecadação,era a televisão,mas a televisão,no meu entender,não chegava ao povo pobre.Quem garantia e garante que este povo possa assistir aos jogos são as milicias ,nas comunidades,não tendo evidentemente repercussão positiva para o povo e para o Flamengo,naturalmente.

Apesar desta suposta organização da televisão e por causa do que eu acabei de dizer ,estas respostas não são suficientes em termos culturais e históricos.

Há um tempo atrás alguém aventou a hipótese de fazer novas obras no maracanã,para torná-lo mais parecido com o antigo,mas eu penso de forma um pouco diferente:para a frente.

Isto tem como ser ser feito,mas os clubes brasileiros terão que construir os seus estádios e neste contexto o do Flamengo,que ,segundo informações poderia ter 100 mil pessoas,possuiria um significado muito variado e decisivo para a recuperação do futebol brasileiro,que está,a meu ver,como apêndice do futebol europeu.

Em primeiro lugar os clubes precisam ter sua própria renda e se tornar um pouco mais independentes da televisão,que faz estes horários estrambóticos aí.Futebol é como teatro ,assiste-se no campo.Os idolos que fazem crescer a torcida devem ser vistos no campo.Assistente de televisão é mais de classe média.

Em segundo,um estádio assim poderia trazer de volta o público mais pobre.Um estádio como o maracanã antigo não há como construir,mas pelo menos um que cobrisse o anel de cadeiras e consagrasse locais para os menos favorecidos seria melhor do que este “arenarium” incrustado atualmente aí.

O que me preocupa com esta exclusão do pobre ,além dos aspectos sociais,morais e politicos,é que a próxima geração do povo brasileiro,daqueles menos favorecidos,pode não ter interesse em interagir com o Flamengo como torcedor,porque o Flamengo terá se elitizado e o povo não se identificará mais com ele.

Esta é a encruzilhada do Flamengo:aquele clube de raça,que se cristalizou no segundo tri parece estar sendo superado por um clube não só moderno,sem dúvida,mas elitista e afastado da torcida.

As consequencias futuras para uma diminuição da torcida seria evidentemente desastrosas,não apenas para o clube,mas para o Brasil como um todo.Para o caráter cultural e histórico do futebol brasileiro.


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