A vitória de Milei no país vizinho é
um novo desastre neste nosso mundo em que o rochedo e o mar se digladiam e o
marisco,no meio ,se ferra(para não dizer um palavrão).
Confirma a tendência horrível de
nossos dias:o ping-pong esquerda\direita inócuo e destrutivo.O ping-pong entre
estas correntes mortas do passado que nos encadeiam nos erros reiterados.
Mas isto tudo é culpa de quem tem
normalmente a iniciativa histórica de tratar dos problemas fundamentais:a
esquerda.A esperança ,no inicio do governo Lula,de um governo nacional,se
esvaiu progressivamente abrindo espaço,como eu previra,para a continuidade da
direita.E a continuidade da direita é a sua eventual e permanente possibilidade
de chegada ao poder.
Num país eivado de peronismo não
esperava mesmo a vitória de um ultra-direitista.Não sei se esta vitória não vai
sepultar de vez o general Perón.Uma cientista politica,logo depois da
eleição,afirmou que o peronismo segue,mas eu não sei,assaltam-me dúvidas.
Apesar de não ser peronista ,a sua “
morte” eventual,seria um tremendo atraso,porque dele,da subsistência de uma
esquerda,ainda que cheia de problemas,é a base da renovação que eu tanto
preconizo.
Aqui no Brasil defendo um governo de
centro esquerda e o PT ,se evoluísse,chegaria a este ponto,mantendo a esquerda
numa progressão histórica benéfica e que poria um fim nas justificativas de
crescimento da direita.A direita só cresce nos erros da esquerda e usando
momentos de susto do povo quanto ao perigo “ comunista”,que não existe em lugar
nenhum.
Mas este perigo vem sempre “ distorcido”
por outras formas de “ diabolização”:o ataque à família,aos costumes médios do
povo e assim sucessivamente,aqueles velhos chavões sobre os comunistas,que
estes ajudam a valer.
Deste modo vamos estar ainda neste
contexto e correndo risco,aqui no Brasil e nos Estados Unidos,de a direita,que
eu sonhava sumir com a eleição do metalúrgico,ter grande chance de retornar ao
poder e como eu disse em outra ocasião,a nossa sorte é que não tem nenhum quadro
bom do lado de lá,uma Margareth Tatcher,por exemplo,porque senão nós estaríamos
fritos pelos próximos anos.
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