quarta-feira, 5 de junho de 2024

Massacrados Eu sou um cabana Do pai Tomás sim

 

Ziraldo ,que faleceu recentemente,chamava o maestro Erlon Chaves de Pai Tomás,um “ cagão”.

Ele expressava o que se pensava na época da certeza revolucionária sobre  o romance da Harriet Beecher Stowe:um dramalhão tolo,bobo,que sacralizava a piedade,a qual,como sentimento,ia contra a luta,contra a revolução.

Contudo,nos estudos que fiz sobre este livro,no contexto da abolição estadunidense ,notei que ele ajudou na consolidação da luta contra a escravidão,dando-lhe um significado óbvio de humanidade.

Por ter sido escrito por uma branca o movimento negro hoje não dá importância a ele,mas disso tratarei num próximo artigo.

Assim sendo eu tive uma base para continuar fazendo estes artigos sobre os massacrados da história e da humanidade nos dias de hoje.

Eu já repilo qualquer acusação de querer me locupletar com estes problemas ,construindo uma imagem para mim mesmo,à custa do sofrimento dos outros ,como se fosse um Marquês de Sade.

Como eu digo em artigos anteriores eu voto,pago imposto e trabalho,por isto posso exigir  que tais injustiças sejam solucionadas logo,amanhã,já,desde a mais dramática situação até a mais simples  e escondida das decepções humanas solitárias.

Além do mais,como também pontuei,o posicionamento do homem diante do sofrimento de Cristo na cruz,relembrado por São Paulo,soluciona esta acusação:nenhum de nós individualmente tem como colocar botas de sete léguas e ir solucionando a questão social.E lembrar sempre do sofrimento é uma exigência enquanto ele existir.Esquecer não é culpa ,mas indiferentismo.

A democracia direta do socialismo real não deu resultado e portanto vivemos numa democracia representativa,na qual quem tem culpa desta mixórdia humana são os políticos que recebem o dinheiro do nosso trabalho e não devolvem nada.

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