Muita
gente me critica por falar muito em questões pessoais de família, mas é porque
eu não tive família. A minha era extensão pura e simples do Partido Comunista e
do movimento comunista mundial.
Na
minha infância, não era tomar sorvete o essencial, mas saber o que vinha de
Moscou, como novas diretrizes.
Por
isto, não só me acho no direito de fazer estes textos, mas no dever de mostrar
como esta intersecção é perigosa.
Sempre
algum “amigo” meu, comunista, bastante embotado, vem dizer que isto acontece em
muitas famílias, não só nas de esquerda. Mas há diferenças que precisam ser
pontuadas para identificar a causa de problemas específicos.
E
há outros“ amigos” que se acham modelos do mundo e que vêm sempre afirmar que,
se eles conseguiram enfrentar estas dificuldades sem dizer nada, eu devo agir
assim.
Mas
cada caso é um caso, cada pessoa é diferente, sendo esta verdade um anteparo
eficaz contra estes conceitos abstrusos totalitários.
Há
famílias que se distorcem devido ao dinheiro: os pais dão dinheiro aos filhos e
se isentam do resto. Há religiosas que entregam tudo para Deus e se isentam da
responsabilidade educativa.
E
há aquelas que inventam outros deuses, como o materialismo dialético, o
marxismo, que teriam, como“ ciências”, resolvido tudo, não havendo mais
problemas, inclusive familiares.
Também
servem de justificativa para se isentar dos filhos, de suas necessidades. Isto
sem falar nos problemas familiares causados pela luta política, que aparecem,
por exemplo, no filme Marighella.
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