Mais
uma vez eu venho aqui tratar da minha “ associação” com a pornografia,desta vez
mandando recado para estes nefandos da Folha ,que invadiram aqui a minha vida pessoal.Dizer
a eles que eu continuo consumindo,porque compro em bancas de jornais e conto
com o sonho de que eles parem de me mandar aquelas transgressões reais aí,que
me irritam.Só de vez em quando eu gosto do que eles fazem lá.
E
este escrito é para mostrar a natureza do meu trabalho com este “ laboratório”.
Nos
estudos sobre Freud um dos temas mais importantes é o do “além do principio do
prazer” em que ele desmonta a reflexologia ,pela qual o que acontece na
psicologia humana é modelado pelo que se dá no plano natural.
Até
Freud e desde o jusnaturalismo(religioso ou laico)e chegando em Pavlov,o padrão
da psicologia era esta adequação modelar entre a prévia natureza e a psique
humana dela derivada(presumivelmente).
No
texto de 1919 Freud salta qualitativamente naquilo que foi sempre o seu trajeto,desde
o inicio:que a psicologia tem uma autonomia perante à natureza.
Na
problemática da histeria,como sabemos,pontificou que não era um problema moral
e nem muito menos neurológico.
Que
problema era este?Decerto modo foi em 1919 que Freud expôs a explicação para
esta indagação:que não há desconexão entre a natureza e a psicologia,mas as
suas correlações obedecem à uma pluralidade de oportunidades.
A
tese de Freud é que no começo o homem vive na dicotomia entre prazer e
desprazer,mas ,na verdade,e não no tempo,transforma formas de dor,de
transgressão, em “ prazer distorcido”ou meio de realização.
É
neste enquadramento que a pornografia me
ajuda a entender a propositura de Freud ,a qual se limitava ao masoquismo e sadismo,na “interação”
homem/mulher.
Outros
delineamentos têm que ser examinados:a traição;a traição do homem bem sucedido
por mulheres com pobres(não raro negros);a interracialidade;o trisal,a
poliandria e outros casos.
Faz-se
muita crítica a Freud por negligenciar esta mediação que citarei logo logo e
isto é uma verdade,porque ele reduz tudo à pulsão,como instância “solucionadora”.
Mas
potencialmente neste âmago estão as condições para atribuir propriedade àquilo
que eu cito agora:a mediação socio-psicologica.
A
natureza da inversão do “ principio do prazer” é sócio-psicológica,uma camada sobrenatural .
Pouca
gente se dá conta de que a sociedade é uma realidade sobrenatural e a confunde
com a religião.Esta supõe uma transcendentabilidade,uma intocabilidade empírica;mas
na sociedade e na natureza,em seus elos possíveis ,o sobrenatural e o natural
explicam estas inversões.
Porque
não ficar com uma pessoa só?Porque o triângulo amoroso e sexual outorgado a
Maria Antonieta é mais importante do que a felicidade?
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