Realmente,
agora que Lula faz o que eu esperava, se encaminhar para o não reconhecimento
do regime de Maduro , acho difícil que haja encenação, jogo de cena.
Porém,
quando se trata de política, há que ficar sempre com um pé atrás.
Eu
analisarei esta situação atual com a esperança de que a estrada seja a do não
reconhecimento, porque é claro que as eleições venezuelanas foram fraudadas e
no mínimo deve haver outras ou reconhecimento da vitória da oposição.
O
apoio pura e simples ou indireto, como parecia, ao chavismo, jogaria uma água
tremenda na" nossa” direita daqui.
Ainda
que esta preocupação seja a única coisa que passa na cabeça do governo (e não o
compromisso com a democracia), já será um avanço em função do que foi dito
acima.
Não
se pode brincar com isto. O governo já não atua para evitar a continuidade da
direita, como eu venho alertando sobejamente e se agora errasse na estratégia,
tudo pioraria sensivelmente.
Pelo
menos o pragmatismo se fez sentir no governo, mas há que ficar sempre atento a
estas idas e vindas constantes do Presidente, porque ele também faz parte deste
diapasão" socialista", no qual o chavismo está.
Ele
não pode nem ir para a direita e nem, muito menos, para a esquerda,
permanecendo num centro forçado, que o torna um pouco refém das circunstâncias
ou da condição objetiva.
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