quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Lula: dou a mão à palmatória

 

Realmente, agora que Lula faz o que eu esperava, se encaminhar para o não reconhecimento do regime de Maduro , acho difícil que haja encenação, jogo de cena.

Porém, quando se trata de política, há que ficar sempre com um pé atrás.

Eu analisarei esta situação atual com a esperança de que a estrada seja a do não reconhecimento, porque é claro que as eleições venezuelanas foram fraudadas e no mínimo deve haver outras ou reconhecimento da vitória da oposição.

O apoio pura e simples ou indireto, como parecia, ao chavismo, jogaria uma água tremenda na" nossa” direita daqui.

Ainda que esta preocupação seja a única coisa que passa na cabeça do governo (e não o compromisso com a democracia), já será um avanço em função do que foi dito acima.

Não se pode brincar com isto. O governo já não atua para evitar a continuidade da direita, como eu venho alertando sobejamente e se agora errasse na estratégia, tudo pioraria sensivelmente.

Pelo menos o pragmatismo se fez sentir no governo, mas há que ficar sempre atento a estas idas e vindas constantes do Presidente, porque ele também faz parte deste diapasão" socialista", no qual o chavismo está.

Ele não pode nem ir para a direita e nem, muito menos, para a esquerda, permanecendo num centro forçado, que o torna um pouco refém das circunstâncias ou da condição objetiva.

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