quarta-feira, 25 de junho de 2025

IrãxIsrael Guerra nuclear em miniatura

 

Pouca gente se deu conta de que estas guerras entre os países árabes e israel,depois do lançamento das VI e VII na segunda guerra,são uma guerra nuclear em miniatura.

O século XX prossegue,contra a vontade de Hobsbawn.Todos os elementos fundamentais da politica do século XX estão aí persistindo,assustando até com a possibilidade de uma terceira guerra mundial,que eu não acho que esteja na ordem do dia não.

Como eu disse em artigos anteriores, Israel sempre teve preocupação com este programa nuclear do Irã e fez esta guerra para destruí-lo de vez,o que aparentemente não conseguiu,só atrasou(segundo a cia).

Mais uma guerra ,no futuro,vem por aí.De certa maneira EUA e Israel venceram a parada,mas ficou tudo senão adiado para uma outra data.

O problema todo continua,o que favorece os cartéis da guerra,como sempre. Estas guerras,como a da Ucrânia ,são guerras de George Orwell, ou seja,devem durar para sempre, para desviar a atenção dos povos dos verdadeiros problemas e encher os bolsos destes cartéis ,que financiam os governos e lhes dão apoio politico.

Eu afirmei também que uma guerra mundial e define quando arregimenta povos que não estão envolvidos no conflito,como aconteceu na 1a e 2a guerra.

Provavelmente,se surgisse um conflito maior disto aí,ficaria no primeiro mundo,que é o obstáculo histórico da utopia,como eu já expliquei.

Um conflito de primeiro mundo não seria mundial,mas teria consequencias definitivas sobre a terra,porque seria nuclear e embora outros países não participassem seriam atingidos pelo inverno nuclear.

De modo que temos que fazer uma análise mais calma destes fatos e esquecer estes truques chamativos de artigos e videos.



sexta-feira, 20 de junho de 2025

O apelo das Revoluções e a sua paralisia

 

Quando se observa as organizações de esquerda, em todo o lugar, mas principalmente no Brasil(que eu conheço mais naturalmente)nós vemos certas características que precisam ser superadas.

Inicialmente sempre me refiro a esta confusão entre a militância e a religião e isto é dado por uma fé no homem, que por sua vez se fundamenta numa certeza científica absoluta( inacreditável:ponto de intersecção entre a ciência[ou pseudo ciência dialética] e a religião!).

Esta fé faz a esquerda entoar cânticos antecipando a vitória da utopia,como os religiosos que louvam a Deus e têm certeza nele.

E também fazem frases de efeito sobre o destino ,a vitória e outras coisas.

Uma vez eu ouvi um integrante de um partido(vermelho)dizendo que o seu partido estaria aí enquanto houvesse uma pessoa na rua,sem proteção.

E isto enseja alguns comentários meus sobre estas organizações:quando meu pai stalinista saía para o trabalho ele vociferava, citando Engels, contra o “ cretinismo parlamentar burguês”, que atrasava a revolução;mas quando voltava para casa ele dizia que a revolução tinha que ser feita aos poucos, através da democracia ,como se falava,entre os comunistas, nos anos 80.

Quando algo está errado no capitalismo, há que se fazer uma revolução, só não se sabe quando. E enquanto não se faz ,não se faz nada, porque solucionar um problema no âmbito do capitalismo é afirmá-lo, é dizer que é possível que a questão social seja solucionada dentro dele.

De outro lado o militante varia ,como meu pai variava.Quando dá tudo certo na politica dentro do capitalismo está tudo bem,mas quando falha ,é porque o capitalismo impede,só resta esperar a revolução.

Não tem saída:mudar a sociedade,no sentido da utopia,é por dentro ,no contexto próprio do capitalismo, procurando paralisá-lo

e mudá-lo, não se paralisar esperando a revolução.

Por egocentria e egoismo,exclusivismo partidário, as esquerdas não fazem nada,esperando a Revolução,quando alguma coisa pdoe ser feita no âmbito do capitalismo.



quinta-feira, 19 de junho de 2025

A direita é revolucionária?

 

O critério sociológico e politico para caracterizar uma revolução sempre foi o de uma substituição ,no âmbito da sociedade,de uma classe social por outra no plano politico(e social).

A simples mudança,sem um direção ou finalidade definidos,não significa necessariamente, uma revolução no sentido politico e histórico que nós conhecemos.

Existem outras formas de revolução: a partir dos estudos e contribuições de Hannah Arendt ,a Reforma Protestante passou a ser chamada de “Revolução Protestante”, revolução cultural bem entendido. O mesmo pode ser dito da Independência dos Estados Unidos, chamada como “Revolução Americana”.

Eu tenho dúvidas ,hoje, em caracterizar uma revolução apenas no seu sentido politico e social. Esta revolução cultural proposta pela filósofa, me parece bem justa e correta e neste contexto, eu me pergunto se o ano de 1930, em vários países, inclusive no Brasil, não presenciou várias revoluções culturais.

Embora não tenha havido nenhuma mudança de classe , em termos culturais, o mundo mudou radicalmente na Reforma, na Independência e no ano de 30. Eu poderia dizer a mesma coisa do século XVIII, que também,a meu ver ,representou uma revolução cultural, tão grande como a da Protestante.

A direita existe, como eu venho explicando, desde 1848, na sua versão moderna, para manter o status quo. Ela nasce e se desenvolve para manter as coisas como estão ou como eram e devem ser sempre.

Então eu resisto muito, tanto no plano politico como no cultural, a chamar a direita de “ revolucionária” , ainda que no plano cultural,porque para ela tratava-se de elaborar um pensamento que mantenha as coisas como estão.

A visão neocolássica e anti-moderna de Hitler o prova. Por estas razões eu faço uma distinção entre a direita que nasce com a Revolução Francesa,que,embora não revolucionária,traz algumas verdades sobre as Revoluções ,principalmente as de esquerda,como a Francesa. Um destes conceitos,justo, é o de que as revoluções não expressam a vontade da humanidade como um todo,nem ontem, nem hoje, nem sempre.



terça-feira, 17 de junho de 2025

A taxação dos ricos II

 

E também é muito importante ressaltar algumas outras questões para um projeto historicamente reiterado e fracassado poder,desta vez, vicejar.

Em primeiro lugar tem que haver projetos factiveis que sejam palatáveis para a nação e fundamentais.

Em segundo,estes projetos precisam estar associados a politicas publicas,que sejam encampadas por todos os governos,não havendo mudança toda vez que um governo entra.

E em terceiro,é muito dificil contribuir para o Brasil,pagar imposto(e só se paga porque é imposto mesmo)quando se sabe que o dinheiro não chega ao local e à situação para ser resolvida ou então,que é a mesma coisa,é desviado descaradamente,sem nenhuma fiscalização ou retorno previsivel.

É por isto que eu digo sempre que a pessoa de esquerda ou que tem visão social das coisas não pode ter complacência com a corrupção.

É inacreditável que a esquerda entende que esta questão não é fundamental no processo de mudança social(quiçá revolucionária)que ela propõe.

Quantas vezes ouvi meu pai comunista dizer que a corrupção é coisa da burguesia e do capitalismo e hoje eu vejo a esquerda repetir estes procedimentos atribuídos à reação,entendendo-os como parte do processo de transformação.

Certo,a esquerda não tem tradicionalmente uma perspectiva de uso racional do dinheiro.Ela tem uma dificuldade extrema em ser criativa no uso do dinheiro,porque,confundindo o socialismo com religião,entende que o dinheiro aliena o homem,quando na verdade,é o homem que aliena o homem.Isto é assunto para um outro artigo.

Mas o fato é que ,por estas razões, todo este esforço para taxar os ricos geralmente não resulta e fica sempre adiado para o próximo governo,a próxima década ou então,como faz a esquerda,pura e simplesmente,culpa o capitalismo e a burguesia e se resigna buscando outros caminhos que não são tão importantes.

domingo, 15 de junho de 2025

Eu e a inteligência artificial

 

Passei a usar inteligência artificial:não para me substituir,mas para me ajudar a fazer os meus textos com citações mais rigorosas e uma pesquisa mais profunda e rápida.

Apesar de falarem por aí que o meu vocabulário é do passado ,estou antenado com estas tecnologias que mudam o mundo numa velocidade dificil de acompanhar.

Eu não acho bom isto aí,porque o ser humano vira refém desta “ corrida maluca” ,desta fugacidade,e como nem todo mundo tem acesso a ela,a divisão entre os homens ,que já é muito grande e perversa ,se intensifica,criando frustração e ressentimento,daquele que não tem em direção ao que tem.

No entanto,não tem saída:as vantagens são muitas,os ganhos são muitos e por isto ,por mais que as barreiras se interponham a pessoa acaba aceitando usar.

Mas,no meu caso pelo menos,sempre com o controle de quem a usa.Sei que o capitalismo em geral e o nosso aqui,predatório,vão arranjar um meio de ganhar dinheiro a rodo sem precisar de trabalhadores,o que é outra perversão.Uma perversão já bastante conhecida historicamente,mas que adquire agora uma velocidade alucinante.Marx já trata do problema,no texto “As causas e consequencias do avanço tecnológico”.Se der tempo eu falo sobre este texto aí.

Repito:a pessoa que tem estas preocupações,mesmo que não seja marxista,deve manter sob controle esta atividade e lutar,dentro destas novas mediações técnicas para que não existam mais estas injustiças referidas.

No meu caso eu não deixo um minuto sequer de fazer os meus textos,mas a pesquisa,as citações e eventuais diagramas que costumo utilizar busco na IA,sempre mantendo o homem no controle.




sábado, 14 de junho de 2025

Taxação dos ricos nunca é demais reiterar

 

Assim que eu coloquei o meu artigo sobre o governo ,Lindbergh Farias apareceu novamente ,no meu facebook,para falar sobre a resistência do congresso à taxação dos ricos,que é uma luta provavelmente inglória do provável sucessor de Lula,Haddad.

Um solitário Haddad que está enfrentando o congresso,este congresso conservador e eivado de bolsonaristas furibundos.E que por causa disto está sendo queimado,em meio à crise de popularidade do governo Lula.

Inúmeras vezes,em inúmeros artigos, eu explico porque esta ideia há tanto tempo acalentada,não prospera.Eu ouço isto desde quase quando eu saí do berço e até agora nada.

Em países como os Estados Unidos a taxação das grandes fortunas é maior do que em muitos países.Mas isto é por causa do fundamento ideológico e histórico do país.

Lá admite-se e exige-se uma distribuição de renda,dentro do capitalismo deles.Atenção,beócio radical:não estou dizendo que os estados unidos são o paraíso,só que existe mais justiça quanto ao pagamento de tributos por parte dos ricos.

Mas isto é possível,repito ,porque há um fundamento histórico e ideológico e uma prática consentânea.E em outros países,por outras razões.

Mas acima de tudo isto se dá porque são sociedades homogêneas,com classes definidas,fortes,como a classe média e a classe operária ,havendo sub-repticiamente um pacto social que ajuda o pacto politico(o consenso)a tomar medidas de taxação dos mais ricos,sem que estes possam reagir.

Não há como os ricos se colocarem contra a nação,porque a maioria homogênea da sociedade não vai ser atingida por qualquer reação politica(até golpe)dos endinheirados.

No Brasil,sociedade esgarçada como é,sem homogeneidade social,só enfrentar o congresso não é suficiente para obter este objetivo fundamental das sociedades modernas e democráticas.

Eu reconheço e apóio a iniciativa de taxar os ricos.Está tudo muito bem,mas eu duvido,pelo que eu disse,que resulte.Os ricos manipulam o congresso,que legisla primordialmente para eles e não há uma maioria em torno deste projeto capaz de sustentá-lo politicamente,inviabilizando a reação.



Uma nota sobre IsraelxIrã e o papel do Brasil

 

O que eu tinha a dizer a respeito deste problema histórico,que nos mantém no século XX(contra o que disse Hobsbawn),já disse há muito tempo e ,na verdade,eu não tenho muita vontade de tratar de algo que é a mesma coisa há 80 anos(bis in idem).

Para não parecer,no entanto,alienado,algumas considerações,inclusive sobre o Brasil:nós devemos manter uma posição de neutralidade humanitária em face deste conflito.

Contudo,é possível ser retoricamente mais duro com Israel.Os mesmos comentários que eu fiz sobre Pio XII e os judeus ,faço aqui quanto ao governo Lula.

É possível diplomaticamente ser mais incisivo quanto a esta situação toda.

Mas solução,eu já disse,é algo que depende de um esforço de rutura com todas as razões e causas para esta guerra interminável.E a ruptura é no plano psicológico e emocional,visando ao futuro:existe um ressentimento de lado a lado,que é praticamente impossivel de pagar,como uma dívida de clube de futebol é.

A diplomacia brasileira,nos próximos anos ,podia bater nesta tecla emocional e psicológica,porque eu entendo que é por aí que se encontra uma solução.

E ao ressaltar este ressentimento com a dor que causa,tem-se a chance de ganhar as gerações futuras,que já sofrem hoje.Só de olhar para a continuidade futura deste martirio de lado a lado,a chance de convencer os posteros é grande,na medida em que terão uma vida de bem estar e segurança maiores.

Mas me irrita estes truques que estes articulistas usam em associar o que acontece localmente com a terceira guerra mundial,que parece mais uma expectativa de video-game do que fato real.

Uma terceira guerra mundial não é engraçada porque ela nos aniquilaria a todos mais de 100 vezes.

É igual à crise de 29:enquanto ela não se tornou comum,dentro do welfare state,qualquer crise econômica parecia nos conduzir ao passado.

Exceto por um detalhe eu perdôo estes articulistas,que deviam mais esclarecer do que assustar e chamar atenção para si:se eu tivesse que escolher um lugar onde uma bomba seria usada ,este lugar seria a distância entre o Irã e Israel e o que o impede é só o espraiamento do conflito.