A
justificativa do juiz do Moro em não prender o Presidente Lula depois da sua
(primeira?)condenação,foi a de que com isso a tensão no país cresceria,com conseqüências
maléficas.
Mas
se houver uma prisão perto da eleição do ano que vem não será pior?Ou
melhor,não seria melhor para criar um clima de golpe realizar isto neste
período eleitoral tão sensível?A polarização que sobreviria não seria algo
ainda mais letal para o país ,com a esquerda se vitimizando e a direita atacando,como
está ainda,mesmo na obscuridade,quero dizer,sem repercussão midiocrática?
Uma
vez ,quando Hitler iniciava a sua carreira ascensional de “César progressivo”(conceito
de Gramsci),lhe disseram para amenizar os seus discursos e evitar conflitos,ao
que ele disse:”mas é conflito o que eu quero,pois só assim teremos repercussão”.A
direita é sempre assim,provoca para aparecer como um elemento de estabilidade e
moralização.
Será
que a não-prisão do ex-presidente obedece a este desenho por demais conhecido?O
juiz Moro é Juiz ou político?Ou os dois?
Se
a prisão é decorrente da lei e é necessária para evitar a continuidade do crime
porque não foi feita?Não é mais prisão preventiva.A não prisão preventiva já
foi um problema,porque Lula podia fugir.Porque,pergunto eu,como cidadão,a
situação de Lula foi tão especial,em relação aos outros?Aguardo resposta.
Este
vicio de origem acaba nos obrigando a pensar em termos políticos,porque o
melhor é ele ser preso no inicio do ano
e o mais longe possível do pleito.Mas este raciocínio é falho porque
sobrepõe a política ao direito,o que joga água no moinho da direita e do golpe
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