sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

A podridão da democracia.O caso Jean Wyllis

A democracia brasileira está numa encruzilhada.Já repeti isto muitas vezes.Ela apodrece e uma medida desta necrose é acusar Jean Wyllis de ser o responsável pelo atentado ao atual presidente da república.
Se isto se confirmar vai ser um dos momentos mais vergonhosos da história da república,porque consagraria a versão política sobre a verdade dos fatos,esta última uma condição essencial para qualquer país se modificar e atingir os seus objetivos civilizacionais.
A junção mentirosa entre homoafetividade e crime,dentro de um quadro oportunista,cristalizaria o delirio próprio da violência,cuja raiz está no nível do simbólico,sem o quê a destruição não existe.
O Brasil é o país não do jeitinho ,mas dos discursos falseadores que servem a interesses hegemônicos autoritários de diversas camadas nacionais.O que configura a constatação de que o Brasil é só um nome,não uma nação consituída.Ninguém aborda o Brasil senão por determinados discursos “ úteis”,por mais bizarros que sejam.Ninguém considera as suas necessidades reais.
Tudo vale para se conseguir o que se quer e neste sentido o problema do exilio de Jean Wyllis se articula com esta “nova” tragédia de Brumadinho:a política,no pior sentido desta expressão(que usamos acima),se sobrepõe aos direitos e deveres,aos limites da norma,do estado de direito e no final das contas as consequencias desta perda de limites é a morte e a ditadura.
Mas não há tomada nenhuma de consciência ou esforço real de superaçao desta situação dramática,assunto de que tratarei no próximo texto.
Num aspecto,porém,é preciso ressaltar: a inovação politica estratégica da decisão de jean Wyllis que é o de mostrar que existem outras pessoas dispostas a enfrentar as ameaças.Com a assunção do suplente fica provada a verdade de que é fácil reprimir uma pessoa mas cada vez mais dificil muitas que lutam.Esta estratégia teria salvo a juiza aciolly e tantos outros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário