A democracia brasileira está numa encruzilhada.Já repeti isto
muitas vezes.Ela apodrece e uma medida desta necrose é acusar Jean
Wyllis de ser o responsável pelo atentado ao atual presidente da
república.
Se isto se confirmar vai ser um dos momentos mais vergonhosos da
história da república,porque consagraria a versão política sobre
a verdade dos fatos,esta última uma condição essencial para
qualquer país se modificar e atingir os seus objetivos
civilizacionais.
A junção mentirosa entre homoafetividade e crime,dentro de um
quadro oportunista,cristalizaria o delirio próprio da violência,cuja
raiz está no nível do simbólico,sem o quê a destruição não
existe.
O Brasil é o país não do jeitinho ,mas dos discursos falseadores
que servem a interesses hegemônicos autoritários de diversas
camadas nacionais.O que configura a constatação de que o Brasil é
só um nome,não uma nação consituída.Ninguém aborda o Brasil
senão por determinados discursos “ úteis”,por mais bizarros que
sejam.Ninguém considera as suas necessidades reais.
Tudo vale para se conseguir o que se quer e neste sentido o problema
do exilio de Jean Wyllis se articula com esta “nova” tragédia de
Brumadinho:a política,no pior sentido desta expressão(que usamos
acima),se sobrepõe aos direitos e deveres,aos limites da norma,do
estado de direito e no final das contas as consequencias desta perda
de limites é a morte e a ditadura.
Mas não há tomada nenhuma de consciência ou esforço real de
superaçao desta situação dramática,assunto de que tratarei no
próximo texto.
Num aspecto,porém,é preciso ressaltar: a inovação politica
estratégica da decisão de jean Wyllis que é o de mostrar que
existem outras pessoas dispostas a enfrentar as ameaças.Com a
assunção do suplente fica provada a verdade de que é fácil
reprimir uma pessoa mas cada vez mais dificil muitas que lutam.Esta
estratégia teria salvo a juiza aciolly e tantos outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário