segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Alexandre Khalil,o soba.

Retorno aqui às discussões sobre o futebol brasileiro,que para mim não é só uma questão esportiva,mas de nacionalidade.O futebol é parte da cultura nacional e pertenece ao Brasil.É um produto da adesão do povo brasileiro e tudo o que ele produz é dele.
Soba é aquela figura sociológica de representante na antiga África ,dos colonizadores ,que centralizava toda a atividade exploradora colonialista,principalmente o tráfico de escravos.
Ao ler a entrevista do atual prefeito de Belo Horizonte Alexandre Khalil,várias vezes Presidente do Atlético MG,no uol,esta figura antropológica me veio à mente,corroborando com aquilo que eu venho falando sobre o futebol brasileiro,no meu blog.Deixei de lado este tema mas sem esquecê-lo.Diante dos fatos,diante desta entrevista retorno ao problema.
O que está ocorrendo com o futebol brasileiro,repito manifestação cultural e produtiva do Brasil,é um processo de desnacionalização.As noticias mais recentes dão conta de que os dirigentes de outros países ,cada vez mais,se aproveitam do futebol brasileiro para acumular capital em favor fundamentalmente dos seus povos.
O fim próximo do petróleo incita os sheiks árabes a se preparar para o futuro.A China ,que visa o crescimento do seu PIB,usa o futebol,inclusive o nosso,no mesmo escopo. Sem falar na saída dos jogadores,que é o meio de reprodução desta predação.
Continuando com a minha análise e com as minhas propostas,tiradas muitas vezes das reflexões de João Saldanha,quero contar uma historinha:ano passado ,quando o Flamengo jogou a final do sul-americano contra o São Lorenzo(ou será que foi no ano retrasado?),saí aqui na Freguesia onde moro para assistir ao jogo,com ânimo,sempre,de pesquisador.E notei que o bairro estava todo qualhado de flamenguistas,os quais não tinham acesso à televisão ,não tinham pay-per-view e precisavam assistir na rua na televisão dos bares e restaurantes,que se aproveitavam vendendo bebidas e outras coisas.
Ora, a conclusão ,quanto ao tema,é de que existe uma extensa população interessada em futebol(e no esporte),que não contribui e não é benficiada financeiramente por ele.
Em que medida não é justo criar condições para que estas pessoas participem?Porque princípio se pode fundamentar uma exclusão do povo dos estádios,como faz o senhor Alexandre Khalil?Porque o povo não pode pagar a sua exclusão cultural dos estádios stá justtificada?A mediação pura e simples do capital tem esta legitimidade?Lógico que não, senhor Khalil.
Todo o princípio do estado moderno é que o que se produz num país retorna para ele na forma de tributo.Com variações este é o princípio geral.
Nós vemos que os clubes vivem sem dinheiro,de pires na mão(diferentemente das federações)mesmo com o volume de capital que o esporte movimenta.Para onde vai isto?As péssimas administrações dos clubes?Fraude?Estas perguntas precisamos ter respondidas o mais rápido possível,antes que o futebol acabe.E não se há de especular sobre processos perversos de administração.Nós temos que ter verdades sobre o que ocorre.Não há como fazer acusações sem prova.
O problema não é o estado subsidiar o futebol,ajudá-lo,como fazia a caixa econômica.Não é como o Presidnete fez,tirar a ajuda dos clubes,mas cobrar estas verdades,porque os recursos existem.
O brasileiro vive uma situação de deemprego,então não vai ao estádio.O certo é criar condições para que ele vá,não dizer cinicamente que o estádio é lugar de rico.Quem fez o Flamengo e a sua mística?Foi o brasileiro pobre.
A única forma de incluir estas imensas massas no processo cultural e financeiro do futebol é dar-lhes emprego,emancipá-las.O futebol não tem como fazer isto.
Mas há equivalentes e recursos para encaminhar a solução.
Não tem sentido as instâncias formadoras do futebol brasileiro formarem péssimos jogadores,que valem rios de dinheiro no mercado especulativo internacional do futebol,totalmente dominado pelo estrangeiro.Cabe até intervenção do governo nesta questão cultural brasileira.Ou modificação da lei Pelé que permitiu tudo isto.Algo parecido com a lei de remessas de lucros assinada pelo Presidente Vargas.
O outro lado da questão é a já refrida tributação e nacionalização dos tributos.Eu vou voltar a este tema porque precisa ser aprofundado.Eu queria deixar aqui a minha discordância com Alexandre Khalil.

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