Por
isto tudo é que eu acho importante reconhecer o valor de uma pessoa anonima
como eu:se no passado a esquerda desse atenção ao que eu disse ela poderia ter
iniciado uma renovação que já tinha que ter começado desde a queda do muro e do
fim da URSS.
Esperar
um intelectual da USP para falar o óbvio e sobre o que outro já tinha se referido(sobejamente),é
na verdade usurpar uma verdade que está na cabeça de muitas pessoas já há bastante
tempo.
Algumas
verdades intelectuais e cientificas nasceram de outras pessoas,às vezes
comuns,que não são reconhecidas.
Muitas
idéias de Kant vieram de um jurista alemão Thomasius,que eu fiz questão de
reconhecer em sala de aula quando era professor de Filosofia do Direito.
Ainda
trabalharei com este conceito em livro.
Por
hora faço uma reflexão sobre o papel do intelectual acadêmico ,que recebe uma
primazia sobre idéias que não são dele e que ele cristaliza e ganha
reconhecimento,sem reconhecer de onde veio,de onde vieram estas idéias.
Certo
que na História isto acontece frequentemente:nós vemos isto em Lutero,Hitler,Stalin...
Mas
eu pergunto se não é continuidade do personalismo que cresce no não reconhecimento
das contribuições das pessoas que não têm repercussão.
Até
que ponto isto não é um problema próprio da exaltação personalista que usurpa
das coletividades legitimas certos conceitos fundamentais.
E
no caso da minha contribuição anônima ela não s e resumiu apenas a dizer esta
verdade,que a esquerda morreu,mas demonstrei o porque e como são as vias de
renovação.
Eu
digo as vias porque não só eu sou chamado a participar mas outros também.
Se
a esquerda não abandonar o passado ,o fracasso do passado,teremos um mundo
horrível pela frente.