terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Safatle e eu II

 

Por isto tudo é que eu acho importante reconhecer o valor de uma pessoa anonima como eu:se no passado a esquerda desse atenção ao que eu disse ela poderia ter iniciado uma renovação que já tinha que ter começado desde a queda do muro e do fim da URSS.

Esperar um intelectual da USP para falar o óbvio e sobre o que outro já tinha se referido(sobejamente),é na verdade usurpar uma verdade que está  na cabeça de muitas pessoas já há bastante tempo.

Algumas verdades intelectuais e cientificas nasceram de outras pessoas,às vezes comuns,que não são reconhecidas.

Muitas idéias de Kant vieram de um jurista alemão Thomasius,que eu fiz questão de reconhecer em sala de aula quando era professor de Filosofia do Direito.

Ainda trabalharei com este conceito em livro.

Por hora faço uma reflexão sobre o papel do intelectual acadêmico ,que recebe uma primazia sobre idéias que não são dele e que ele cristaliza e ganha reconhecimento,sem reconhecer de onde veio,de onde vieram estas idéias.

Certo que na História isto acontece frequentemente:nós vemos isto em Lutero,Hitler,Stalin...

Mas eu pergunto se não é continuidade do personalismo que cresce no não reconhecimento das contribuições das pessoas que não têm repercussão.

Até que ponto isto não é um problema próprio da exaltação personalista que usurpa das coletividades legitimas certos conceitos fundamentais.

E no caso da minha contribuição anônima ela não s e resumiu apenas a dizer esta verdade,que a esquerda morreu,mas demonstrei o porque e como são as vias de renovação.

Eu digo as vias porque não só eu sou chamado a participar mas outros também.

Se a esquerda não abandonar o passado ,o fracasso do passado,teremos um mundo horrível pela frente.

 

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