Não entrei no movimento Comunista por recalque

 

Entrei no movimento comunista por um principio de justiça e por interesse pessoal de viver num mundo sem os riscos que se corre todos os dias,por causa da questão social,que mal começou a ser “ solucionada”.

Como tenho pontuado obsessivamente o socialismo real não é comunismo.Como comunismo é um conceito polissêmico pode-se transformar este socialismo real numa forma de comunismo religioso ou monástico em que todos dividem o pouquinho que têm ,numa postura cabana do pai tomás de solidarismo na e da miséria.

E também,como tenho explicado ,este tipo d e socialismo prolongado não está em Marx,que considerava a fase de igualação do socialismo como obrigatoriamente rápida,para produzir exponencialmente,mais do que a sociedade precisava,para então iniciar o comunismo,que deveria ser o mais imediato possível.

Existem muitas definições do socialismo,mas para mim o prolongamento da fase socialista é meramente um coletivismo ,que controlado por um determinado grupo,mantém todo mundo colado,encadeado,sob o conceito “ fanático” de “ crescer junto”e  acima de tudo ,anatematiza aquele que se destaca,por possuir capacidade acima dos outros.

É como se num jogo de futebol se impedisse o Rivellino ou o Zico de jogar para ficarem na mesma posição do Manguito ou do Nunes...

E  substrato psicológico desta atitude não é solidarismo choroso,mas o recalque:impedir o outro,que sabe fazer,de fazer,porque quem impede não consegue sair do rés-do-chão.

Mas a história provou e isto é consequencia da verdadeira natureza do comunismo,que os homens são desiguais.

Quem conhece marxismo Não é anti-eua Os erros de Chomsky

 

Volta e meia aparece um beócio para contrapor às minhas visões as de Chomsky ,que é o último marxista,da época “ aurea”.

Em um vídeo que me foi mandado por alguém(que não se apresenta não é[supostamente para não me reconhecer])Chomsky se coloca ao lado das mesmas correntes que eu defendo aqui(e é vaiado pelos radicais inclusive[beócios de sempre e de plantão]:a revolução na Rússia foi ilegítima e sem fundamento no marxismo(por isto foi vaiado).

Contudo ,como a maioria dos marxistas e intelectuais ,não tira todas as conclusões destas premissas,que foram ou esquecidas ou ocultadas anos a fio.

Tal constatação tem um revérbero imenso sobre toda uma época histórica,como eu já revelei.

A postura crítico/destrutiva  de Chomsky ,com relação aos EUA,ajuda àqueles radicais que o vaiaram.

Estes radicais defendem uma religião moral do marxismo e do comunismo e por isto detestam a capacidade produtiva dos EUA,a sua capacidade de se tornar uma “ sociedade afluente”,como o foi nos anos 50.

A “ sociedade afluente” é um principio de comunismo,de possibilidade de distribuição de bens para todos(embora não  tivesse sido na década citada).

Mas os radicais e ortodoxos se prendem(por ignorância do marxismo sobretudo,que só conhecem de orelha de livro de Karl Marx) à divisão da escassez,do que não se tem,num comunismo monástico que nada tem a  ver com Marx.

As ambiguidades de um intelectual como Chomsky(e de outros)que tem capacidade de compreensão,mas sempre sucumbe às cegas ao imperativo da ação é a norma entre os intelectuais marxistas

 e por isto eu não quero proximidade com eles.

Biden e Trump Eu previ

 

Hoje é o dia seguinte ao primeiro debate entre Trump e Biden nos Estados Unidos e  as noticias dão conta de que o segundo tomou uma lavada do primeiro.

Sempre o tive em minha consciência que a direita tem uma vantagem em relação à esquerda:ela não tem escrúpulos.O discurso da direita é direto ,sem rebuços.

A esquerda tem um compromisso de pensar ,de analisar,de estudar(exceto o stalinismo talvez)e por isto deve estar sempre se antecipando aos problemas para não chegar diante da direita numa condição de atraso.

Mas sobretudo a esquerda não deve ser dominada por ambiguidades próprias de quem se dedica ao estudo da realidade.

O momento de estudo e compreensão é um e o da ação é outro.

Na hora da ação e da politica as respostas e discursos devem ser assertivos ,sem ambiguidade.

Desde as primeiras decisões de Biden eu venho falando que ele expôs  fraqueza,querendo tutear os conservadores e se  separando do programa do partido democrata.

Eu expliquei como aconteciam as eleições nos Estados Unidos,pelo menos desde Roosevelt:o vice é sempre conservador,um conservador enrustido.Clinton foi um caso à parte ,porque veio logo depois do fim do comunismo e não havia preocupações de ameaças internas nos EUA.

Foi assim com  Truman ,Lyndon Johnson e agora com Biden.

Caiu uma bomba no Partido Democrata e a crise(e o medo)se instalou e aqui,do jeito que as coisas vão,vai cair também e eu vou passar a minha velhice  governado por uma proto-ditadura com medo de que uma se instale.

E tem mais:se a direita ganhar de novo lá e aqui ela vai s e revigorar tanto que vai ser difícil tirar(hein?).

Se Bolsonnaro tivesse ganho a eleição aqui(faltaram só dois milhões)estaríamos hoje sob uma ditadura,sem expectativa de votar.

Mas a culpa é desta esquerda velha,que não se renova.

 

O Caso Robinho E o Irredentismo

 

Estou um pouco atrasado nesta questão aí mas não resisto à necessidade de fazer comentários não só ao caso de Robinho,mas também o d e Daniel Alves e quem mais vier.

É justo que eles tenham sido condenados e devem passar o tempo necessário para expiar a culpa e crescer.

Contudo há um momento limite para a imposição de sanções a uma pessoa:a lei e a norma determinam estes limites e o fazem para punir,mas também para reeducar e redimir.

Quando o movimento feminista de modo geral faz escândalo absoluto sobre estes fatos  dá-nos a impressão de que a  culpabilização deve ser eterna e que não há redenção,mas Irredentismo.

Eu sei que o movimento feminista não gosta que a mulher seja considerada passional e por isto inconsciente e irracional,mas tais comportamentos nos induzem a pensar que sim.

Se um homem não é condenado depois do “ devido processo legal” não pode ser perseguido.Só usando os instrumentos da lei é que se há de pedir novo julgamento.

É o caso de Cuca:uma menina de treze anos entra numa concentração de jogadores ,às duas horas da manhã,quando devia estra dormindo para ir à escola de manhã,os jogadores perdem o controle e ela os acusa d e “ imoralidades”.

Está certo sim :os jogadores não deviam ter feito nada.Deviam ter chamado a direção do Hotel e arcar com a galhofa depois.Mas isto não autoriza uma perseguição,um drama moral sobre eles.Uma inviabilização profissional inclusive.

Em Portugal ,no século XIX,houve a ultima discussão na Europa sobre o “ irredentismo”:se a ira de Deus era eterna.

Ora, com o nascimento e sacrifício de Cristo não se há de falar em lugar nenhum de “Irredentismo”,senão para quê a subida na cruz?

A única dúvida que eu tenho sobre o Irredentismo é com relação aos grandes genocidas do século passado e de todas as épocas.

Só se houver um Deus lá em cima.

 

 

Mais um beócio Se me aparece: Msn

 

O msn aparentemente respondeu às coisas que disse em função da fixação que eles têm(como outros também)na minha atividade
 legitima de pesquisador e publicista.

Como outros o msn vem sempre se introduzindo na minha vida pessoal,inclusive cometendo crime,num flagrante desconhecimento da lei.

Como resposta ao que eu disse puseram um artigo que remonta a um meu de muitos anos atrás,um dos primeiros,sobre oportunidade e esforço,em que dizia que não basta ser gênio,era preciso um esforço muito grande,as vezes a vida toda.

Sem me dar créditos e eu penso que isto é para mostrar que tais conceitos são conhecidos por todos,que eu não sou nada original,etc,etc,estas baboseiras que eu recebo todo dia aqui.

Eu não consigo me fazer entender:eu escrevo para diversos públicos ,inclusive para eventuais alunos,pessoas que  não conhecem estes conceitos.

Eu não tenho a pretensão de fazer um discurso válido para o mundo todo.Tento elaborar alguma coisa neste sentido,mas não é fácil.Então eu procuro cumprir certas tarefas:mostrar como o marxismo realmente é,para a esquerda velha e ultrapassada do Brasil(que deve estar aí no msn);cumprir tarefas educacionais em relação ao povo;buscar nos autores em geral e nos filósofos,verdades escondidas,para dar origem a discussões válidas.

Há pessoas que não o entenderam:não são obrigadas a me ler não.

Os textos matemáticos e científicos têm sido uma contribuição top de linha,quiçá universais.Mas quem não tem interesse não precisa ler.

O que o MSN colocou como sendo a mesma matemática que eu usei aqui,é pura especulação,sobre a origem do universo e o que havia antes.

Enquanto que aquilo que eu pus tem validade de pesquisa cientifica real.Altera consciências e valores atualmente e quiçá depois.

Agora vou ensinar legalidade a stalinista:não pode fazer perseguição às minhas atividades pessoais ,inclusive de saúde.

Em termos médicos eu tenho um problema personalíssimo,que vou ser obrigado a colocar à vista de todos por causa deste jornal on-line,nem sempre verdadeiro:eu uso m*s*u*b*ç*o para fins médicos ,porque eu tenho ejaculação retardada e faço exercícios para “regularizá-la”,com ajuda de terapeutas.

E já passou o tempo de considerar o fenômeno da m*s*b*ç*o,como questão meramente moral ou moral mesmo.

Antigamente todo homoafetivo(e babaca)para se considerar melhor do que o heteroafetivo dizia para ele que  precisava de estimulo se tocando ,porque ele pessoalmente não tinha interesse em mulher.

Quando se sabe pela psicologia moderna que  este fenômeno é mais complexo e que significa muitas coisas:interesse que sofreu um desvio por repressão ou trauma;uma necessidade de conhecer o próprio corpo,pelas mesmas razões,o que é usado terapeuticamente pelos psicólogos;uma combinação diferente de amor ideal ou platônico.

Não só tenho que ensinar psicologia a psicólogo,mas legalidade a criminoso,a estalinista:invadir a minha procura de vídeos pornográficos,dentro deste escopo e expor é crime.

Por analogia se pode incriminar esta ação,ainda que não tenha ainda uma legislação especifica.

Mas é isto mesmo o que eu devo fazer sempre:explicar o fundamento.

O que a diretoria do Fluminense quer?

 

Diante da catástrofe atual em que o Fluminense se encontra estou com a nítida impressão que a diretoria do Fluminense que marcar com uma viragem histórica a questão dos técnicos:tenho a impressão de que ela está tentando superar a situação com o técnico,sem demiti-lo,rompendo com a prática futebolística brasileira e assim inaugurar uma nova era “ de profissionalismo”,como acontece na Europa,onde a rotatividade não é tão grande(mas existe).

Se for isto o risco é enorme,porque não vejo pré-condições para que se o faça:na Europa a previsão dos problemas é maior.

No Fluminense estas circunstãncias não foram previstas,assim como Diniz não revelou possuir um background para as eventualidades que ele teria que enfrentar ao implementar o seu estilo de jogo.

Sabia-se claramente que era um esforço muito grande ganhar a libertadores com um time de “ meia-idade”,mas tendo havido sucesso sabia-se também que não ia dar para esticar a corda e que seria preciso rejuvenescer logo o time.

Rejuvenescer significa  com qualidade.Não é comprar qualquer jogador.O segundo time jovem do Fluminense  está longe do primeiro, “velho”.Se viu no jogo contra o Cruzeiro.

Dá a impressão de que tanto a diretoria como o Diniz estão propondo o novo sem preparação,trocando o pneu com o carro andando.

Aprender fazendo é o apanágio do historicismo,cuja miséria de conteúdos é algo patente e atroz.

Aprender fazendo implica em riscos e em uma irresponsabilidade com o que está em volta.

É o que vemos:a falta de previsão colocou o Fluminense neste principio de desespero,porque o time velho e o novo não são capazes de enfrentar um campeonato,mas só torneios.

A falta de previsão jogou o clube nesta enrascada,porque para vencer estes dois tipos de competição há que ter pelo menos dois times bons.

E com relação a esta questão da previsão,todo mundo sabe que bons jogadores novos,como Árias ,vão ser vendidos e já deve haver uma reposição do mesmo nível engatilhada.

Agora não tem sentido tentar fazer uma mudança histórica no comportamento do futebol brasileiro:há que pensar em solucionar o imediato.

Conjuntura VI

 

Eu quero fazer esclarecimentos e aprofundamentos no meu artigo anterior,desta série sobre a conjuntura nacional.

A esquerda sempre entende que o processo democrático é esta maldita confrontação.Lula já o disse.Mas já argumentei em outras ocasiões que isto é um absurdo,porque na verdade este ping-pong limita a democracia a dois lados que acabam por esquecer das necessidades da nação e só atende aos interesses egoísticos dos dois lados.

Não vou voltar a isto.Mas é importante pontuar que nestas horas em que a economia adquire um caráter decisivo,como agora,tal confrontação só atrapalha.

E se houvesse por parte da esquerda e de Lula em particular uma referência exigível no passado,eles veriam ,de antemão, os erros desta politica atual e das negociações conduzidas por Haddad.

Se não houver uma visão de estadista para servir de fundamento para as negociações o que acontecerá é a repetição(ou continuidade)daquilo que Leonel Brizola disse do governo Lula,no primeiro governo:ele se tornará refém dos conservadores,desta feita num ponto inarredável para a definição de uma esquerda moderna.

A condição de refém que evitou o impeachment de Lula,retorna agora(ou continua)na medida em que deste jeito,como as coisas se encaminham,vai ter que fazer os cortes da mesma forma que os referidos conservadores fazem com alegria:nos itens orçamentários que não dão retorno de capital imediato.

Seja:educação,saúde,esporte,enfim tudo no social,descaracterizando o governo de esquerda.

Lula disse que enquanto ele estiver no poder Haddad não será desgastado,mas quem o define é a realidade politica mesmo,porque quanto mais o ruído crescer mais inviabilidades ocorrerão.

E um ministro da Fazenda inviável é inútil,não havendo figura carismática capaz de mantê-lo no lugar.

A meu ver Simone Tebet subiu uma casa no tabuleiro ,tendo ajudado Haddad a negociar com mais confiança.Haddad perdeu-a nestes momentos próximos passados,tentando impor uma agenda social,muito justa,a setores que ,todos sabemos,não a priorizam e não têm como priorizar.

Escandaliza-me  a esta altura do campeonato,alguém tão experiente como Lula e também de Haddad não terem previsto esta possibilidade.

A politica pragmática é imediatista e está sujeita a estes problemas de inviabilização.Mas o maior problema é que a esquerda fica acuada e  tal é uma das piores formas d e desgaste,tendo em vista a expectativa que se tinha deste governo(o tempo do verbo é este).

Não é à toa que o índice de reprovação do governo chegou à quase metade dos eleitores,como nunca se viu antes.

E embora as pessoas me chamem de medrosão,prefiro fazer este protestos um tanto quanto apavorados do que me omitir diante das chances que a direita ainda possui para tomar o poder.

E no artigo anterior eu ainda não tinha uma noticia superveniente(por isto não tinha):o crescimento da direita na França e por conseguinte no mundo todo.

Pudera,com esta esquerda velha,omissa e refém o panorama próximo futuro é o  pior possível e eu vou continuar bancando Catão o Velho,proferindo initerruptamente o seu “Delenda Carthago”.

No meu caso ,o meu “Delenda”,é:bora esquerda acorda aí.

Conjuntura V

 

Eu ia continuar tratando de temas que transcendem os momentos ,mas diante do problema Haddad,deste imbróglio que está diante de nossos olhos e que põe em risco a reeleição de Lula e do PT,não tenho como me omitir.

As pessoas não gostam que me tuteie:mas eu já tinha colocado os problemas que estão espoucando na politica nacional.A partir das análises que eu tenho feito nos últimos anos,sobre Lula e o PT era natural que a s coisas chegasse a este ponto.

Na luta contra um congresso conservador e de direita,ou o PT e Lula se modificavam,levando em conta um projeto nacional ou projeto incipiente,ou ficariam do jeito que estão agora.Lula ,eu digo sempre:bom politico pragmático,mas sem referências e sem estofo de estadista.

O PT ficou até agora quase o mesmo tempo que Getulio no poder,mas foi este politico burguês que mudou o Brasil.E o PT?Só assistencialismo,bom,mas que não muda essencialmente nada e ainda favorece aos interesses escusos da burguesia.

Tendo chegado ao terceiro mandato Lula e o PT precisavam entender que o esforço de mudança se impunha para que ele não sucumbisse às exigências maiores da população,que certamente viriam,como vieram e como estão vindo.

Eu disse no inicio do governo que era preciso ganhar o povo brasileiro,porque este tinha se voltado para a direita,com medo de certas características radicais da esquerda.Isto significava trazer para si a classe média e começar a elaborar um projeto nacional,que desse base às ações politicas da esquerda.

Como não fizeram , o congresso prossegue do mesmo jeito :totalmente tomado pela direita e pelos conservadores,os quais,comos sabemos,detêem o dinheiro,o capital.

O dinheiro e o capital necessários para fazer os investimentos sociais igualmente necessários.

Sobre Haddad recaiu a responsabilidade de dar um salto de qualidade da politica de esquerda do PT(obviamente),organizando economicamente o pais para se manter equilibrado e simultaneamente fazer os investimentos exigidos.

Logo no inicio do governo,este problema já apareceu ,porque os conservadores  queriam alguém moderado na Fazenda e Lula acertadamente colocou alguém afinado com o pensamento de esquerda.Eu,na época,só discordei da posição da Tebet,cuja posição,se fosse boa,amenizaria o grito do lado direito.

Lula a pôs no lado escuro da Lua e agora ela retorna quando  os cabriolés de Haddad,para manter o equilíbrio fiscal e manter a capacidade de investimento,não resultam e antes causam um ruido extremo com os parlamentares,os quais estão assumindo uma posição mais forte do que a do executivo,ameaçando a continuidade futura do PT(esta á a intenção deles).

Não dá para fazer um projeto nacional a toque de caixa,mas alguns de seus elementos são fundamentais,através,por exemplo,de um pacto social,que desse mais segurança a quem tem dinheiro e aí pudesse viabilizar um investimento social de longo prazo,sem assustar as classes com capital.

Porque o problema é todo este:quem tem dinheiro tem que ter confiança na aplicação do capital.Numa discussão imediata,macroeconômica e principalmente microeconômica,é muito difícil ,se os objetivos são maiores,se as exigências são maiores,se as expectativas sobre o governo são maiores(o que é o caso).

Então tira dinheiro daqui,põe ali,complica-se mais a tributação,tenta-se investir e  tudo só faz o dinheiro e o capital recuarem para uma visão ortodoxa inviabilizadora.O impasse atinge o câmbio e  os juros e a politica imprensa o governo,o desgasta e...também...o inviabiliza,quiçá.

Ai a centro-direita,representada por Simone Tebet,vem ajudar Haddad,que já está desgastado por causa disto , quiçá,depois, fritado,como já deseja  maioria.

Aqui e nos EUA  tudo indica que a direita vai retornar,lamentavelmente.

 

A privatização das praias É fascismo Apartheid e desnacionalização

 

Aquilo que Hildegard Angel ,há muitos anos,em nome de uma elite ipanemense que ainda está por aí,propôs,de privatizar as praias da zona sul,retornou agora no seio desta direita que nos ronda constantemente.

É um mote e um cavalo de batalha recorrente da direita e das elites econômicas as mais atrasadas do país.

Mas não é assim tão simples,é pior:quem anda por Copacabana sabe que muitas coisas já são feitas usando critérios de outros países,já que no ano inteiro todo o bairro é frequentado por turistas.

Principalmente quanto aos valores financeiros que correm na região.Cobra-se lá por certos serviços preços dos países estrangeiros,a partir da capacidade de compra destes visitantes.

Mas este problema ,que já atinge há muitos anos a região,se conecta agora com um outro conceito da direita,que vivia sendo “ batido” por Olavo de Carvalho:a desnacionalização ,imbricada com a “ hegemonia americana”.

Quantas vezes eu tenho tratado deste assunto aqui:são mais do que sinais o que acontece à nossa volta ,pois as intenções dos outros países centrais com relação ao Brasil são conhecidos.

E este projeto tem a ver com isto e guarda similitude com o que eu falei sobre a barra da tijuca e a “sua” estátua da liberdade no downtown.

Setores sociais de direita,interessados só em dinheiro ,apontam para esta “hegemonia”.Mas isto desnacionaliza e já desmembra o Brasil,antes da tomada da Amazônia.

Sim,não riam de mim não.Se não é possível tomar a Amazônia ,o processo de desnacionalização e desmembramento do Brasil pode começar de outra maneira.

Está citado lá no livro “ anos de chumbo”,na entrevista do brigadeiro torturador João Paulo Burnier ,que em determinada época os Estados Unidos propuseram um plano Marshal para o sudeste brasileiro (e para o Brasil),que resolvesse todos os problemas,em troca da Amazônia.

A conexão entre estes fatos não está provada,mas é um desenho perfeitamente possível,na medida em que um não só não contradiz o outro,mas ambos se ajudam mutuamente.

Não se iluda leitor,leitor brasileiro.O Brasil prossegue em perigo.

Conjuntura IV Antes do programa

 

Mas antes de elaborar as premissas de um programa quero responder a algumas críticas que tenho recebido sobre o que falei a respeito dos extremos e que já abordei no artigo anterior e em outros ao longo do tempo.

Há muitos anos atrás eu fiz menção a isto:certas vanguardas,em todos os lados,ajem como chantagistas.

Reunem pessoas desfavorecidas em torno de si e  de maneira oculta  desviam recursos,praticando a roubalheira de sempre.

Quando alguém descobre e denuncia  estes criminosos jogam a chantagem: “se eu for atingido ou preso tais pessoas ficarão desamparadas”.

A esquerda socialista e comunista defendeu desde priscas eras a “razão emancipatória”.Ela não tem o direito,como faz hoje,seguindo o que fazia o socialismo real ,o mesmo truque.

O assistencialismo tem o seu lugar,já expliquei.Mas a sua reprodução como finalidade politica de esquerda não tem sentido.Isso a iguala à pior burguesia.

Fico irritado com estes beócios vermelhos que vêm  aqui me chamar de burguês quando eles mesmos fazem as mesmas coisas.Ou pior.

A vanguarda do socialismo real iguala todo mundo no seu desfavorecimento  e se locupleta em manter a todos comendo um prato de comida por dia,sob a justificativa de que pelo menos todos comem,pouco,mas comem,o que não acontece no capitalismo ,em que uma minoria come e o resto não come.

Estou cansado de ver pessoas de comunidades,fazendo churrascos todo fim de semana...

E aí é que eu justifico a minha intenção de remodificar a esquerda,suprimindo esta velha,que protege certos setores e que usa esta guarida para chantagear pessoas que querem a sua saída do proscênio histórico.

Na verdade,eu quero que estes setores minoritários sejam substituidos e espero que a partir da classe operária que apóia o PT se realize esta “ atualização”.

Conjuntura III

 

Chegou o momento para mim de colocar algo mais do que a simples análise da conjuntura do meu  país( e sem “ pretensão”,do mundo):daqui e dos acontecimentos recentes tiro conclusões sobre os próximos passos da politica e da história,como já aventei no artigo anterior,em relação aos comunistas.Aos comunistas e à democracia.

A minha visão de centro esquerda consagra convicções que possuo a vida inteira e que era parte do patrimônio teórico do antigo PCB:

No projeto de desenvolvimento,o desenvolvimentismo,que não é uma noção tão anti-marxista assim ,é fundamental ter a unidade entre as classes principais da sociedade moderna:classe média e classe operária.E em volta destas classes outros setores sociais.

Na medida em que se faz um acordo entre estas principais classes a  sociedade em questão se torna mais homogênea e aí é possível elaborar um programa,factível e que não será interrompido,se não houver radicais para apressar o processo em direção a uma utopia muito mal compreendida .

Se o medo dos radicais não existir todos deixarão que o programa discutido,o projeto nacional,incipiente ou não,se forme e  as medidas de progresso darão resultado porque terão tempo para isto.

Esta é a racionalização politica básica para as nações,pelo menos aquelas ocidentais e industriais.

A partir daí podemos elaborar um programa.Próximo artigo.

Conjuntura II Esclarecimentos

 

Muita gente aí da esquerda me criticou por causa do modo como eu falei sobre ela,que deveria desaparecer.Reconheço que fui muito tomado pela emoção ao dizer isto.

Não é verdade que eu tenha abandonado a utopia.Apenas entendo que este objetivo final é plural,tem outras manifestações possíveis e que o método para se chegar lá é pacifista.

No passado,tanto Mussolini quanto Hitler ( e outros que tais)ridicularizavam o “ pacifismo”,mas era porque havia a ameaça comunista.

E antes de 1917 os atos da esquerda contra as classes altas e outros setores sociais,os preveniram quanto a esta questão.

A guerra passou a ser justificada na consciência do europeu ,porque caiam sobre ele muitas ameaças.

Hoje não é mais assim:nós temos atrás da sociedade uma história de violências que não levou a nada.Todos pensam assim,exceto os comunistas que acham que é deste jeito mesmo...

Então à nossa frente há uma chance de transformar a sociedade,em direção à utopia de forma pacifica,dentro da democracia.

Alguns setores,no entanto,da politica falam em democracia para depois sepultá-la após a revolução.

Discuti com eles,anos a fio,para terminar em lugar idêntico.

Se estes setores se dispuseram a sair deste relativismo eles podem estar aí no meu quadrado.Se não,devem desaparecer.

Massacrados Eu sou um cabana Do pai Tomás sim

 

Ziraldo ,que faleceu recentemente,chamava o maestro Erlon Chaves de Pai Tomás,um “ cagão”.

Ele expressava o que se pensava na época da certeza revolucionária sobre  o romance da Harriet Beecher Stowe:um dramalhão tolo,bobo,que sacralizava a piedade,a qual,como sentimento,ia contra a luta,contra a revolução.

Contudo,nos estudos que fiz sobre este livro,no contexto da abolição estadunidense ,notei que ele ajudou na consolidação da luta contra a escravidão,dando-lhe um significado óbvio de humanidade.

Por ter sido escrito por uma branca o movimento negro hoje não dá importância a ele,mas disso tratarei num próximo artigo.

Assim sendo eu tive uma base para continuar fazendo estes artigos sobre os massacrados da história e da humanidade nos dias de hoje.

Eu já repilo qualquer acusação de querer me locupletar com estes problemas ,construindo uma imagem para mim mesmo,à custa do sofrimento dos outros ,como se fosse um Marquês de Sade.

Como eu digo em artigos anteriores eu voto,pago imposto e trabalho,por isto posso exigir  que tais injustiças sejam solucionadas logo,amanhã,já,desde a mais dramática situação até a mais simples  e escondida das decepções humanas solitárias.

Além do mais,como também pontuei,o posicionamento do homem diante do sofrimento de Cristo na cruz,relembrado por São Paulo,soluciona esta acusação:nenhum de nós individualmente tem como colocar botas de sete léguas e ir solucionando a questão social.E lembrar sempre do sofrimento é uma exigência enquanto ele existir.Esquecer não é culpa ,mas indiferentismo.

A democracia direta do socialismo real não deu resultado e portanto vivemos numa democracia representativa,na qual quem tem culpa desta mixórdia humana são os políticos que recebem o dinheiro do nosso trabalho e não devolvem nada.

Conjuntura

 

Os fatos políticos e históricos que se desenrolam diante de nossos olhos exigem análise de conjuntura,como faço de tempos em tempos:hoje analisarei o que se dá no Brasil.

A minha análise do perfil de Lula sempre foi esta:ele é um politico pragmático altamente qualificado,mas para um politico de esquerda,com toda a bagagem e os compromissos da esquerda ,há que ter algo mais,referenciais intelectuais(não estou dizendo escola,universidade,mas conhecimento).

Lula é igual ao presidente Jango:por causa disto ele acaba caindo nas malhas da esquerda radical,marxista,sem entender muito bem do que se trata.

Ele precisava e tem todas as condições para isto,deixar de lado estas coisas e enveredar por um caminho empírico de centro esquerda ,que unisse a classe média e a classe operária ,como se deu de forma bem-sucedida em alguns países do primeiro mundo.

É aqui que eu começo a minha análise propriamente de conjuntura.

Do jeito que as coisas estão e como vão,a polarização não só vai prosseguir,como é bem provável que agora ,na próxima eleição,a direita ganhe.

Tal ficou muito claro e possível nos EUA.No Brasil,tirando a ruindade de Bolsonnaro,não tem ninguém,mas é claro que a direita vai ter um papel decisivo.

Os meus sonhos(e o d e muita gente)de volta à normalidade ficaram pras calendas.

O que eu entendo como o ideal do Brasil,uma centro-esquerda?Uma esquerda nacional(mas não nacionalista);uma esquerda que incorporasse estes movimentos ,lgbtqi,feminismo ,movimento negro e afins;uma esquerda,que,principalmente mantivesse na ordem do dia a questão social ;que defenda uma visão republicana moderna,não estatizante,mas não privatista,propondo o controle social e público do mercado;uma esquerda que tenha este tipo de programa como base;uma esquerda que deixasse os preconceitos tacanhos do stalinismo  e fizesse uma incorporação da classe média.

Para o futuro imediato eu desejava uma centro esquerda deste tipo,que superasse este ping pong idiota  e devolvesse a politica ao Brasil.

Aécio reapareceu aí propondo o mesmo que eu proponho aqui,mas ele,como Tebet,é de centro-direita:só classe média,privatistas e não têm ligação mais firme com os movimentos sociais.

A minha esperança é que Haddad ,sendo mais jovem ,possa fazer este movimento histórico,se for mais critico em relação ao PT e ao Presidente Lula,bem como com sua formação marxista.

Assim eu vejo a conjuntura atual,pensando no futuro.

Do lado esquerdo de quem vê o diagrama,os partidos em geral,que não estão no centro do tabuleiro.Do lado direito os radicais,jumentos de direita e de esquerda,que devem desparecer.

E isto ocorrerá com a construção de uma centro-esquerda como eu preconizei acima.