domingo, 22 de setembro de 2024

Ernesto, o fundamentalista

 

Uma vez, um jumento dirigente comunista disse que eu era fundamentalista porque não admitia certos desvios que eu via já no PCB. Ele disse que eu era “muçulmano”.

Desde pequeno, eu aprendi de meu pai (stalinista) que corrupção era coisa da burguesia (ele também não era santo). Mas eu vi este “comportamento” nas hostes dos heróis da esquerda, sob alguma justificativa canhestra e sofisticada dessas aí.

Mas que expressava (e expressa) a covardia, fraqueza e desonestidade natural de não poucas lideranças da vanguarda vermelha.

O que eu aprendi(de meu pai stalinista) é que os socialistas se ajudavam (e ajudam) e evitam colaborar com estas“ práticas do antigo regime”.

Não obstante, não foi isto o que eu vi lá e por isto me retirei orgulhoso desta farandola.

Eu sou fundamentalista, não no sentido religioso (ouviu jumento), mas no filosófico, seguindo o pensamento essencial de Aristóteles, que os marxistas não leem (mas Marx sim) em função do seu cientificismo e abandono do pensamento filosófico.

Busco sempre a essência das coisas, a finalidade e a funcionalidade das coisas, segundo o sistema de Aristóteles, que faz uma classificação em sua “metafísica”.

E aí eu não me desvio deste fundamento, de modo algum.

Então, eu tinha que parar de jogar botão no chão da sala para ouvir da honestidade dos comunistas. Corria para ouvir guantanameira no rádio, para ouvir o verso “yo soy um hombre sincero” e eu continuo assim. Continuarei assim.

Sou fundamentalista filosófico. Cada pessoa tem um conceito que a define: o tímido, o esperto. O meu é este.

 

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