quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Ernesto,o marginal

 




As fotos acima representam a figura de August Landssmeyer o homem que não fez a  saudação nazista.Evidente que olhando assim uma foto não dá para acreditar totalmente na sinceridade do homem.Mas no caso dele  sim,porque ele foi retaliado pelos nazistas,quando viram este foto.

Eu a uso aqui pois me sinto bastante identificado existencialmente,na minha maturidade,com este gesto de inconformismo.

Eu me tornei um “herói” marcusiano,filósofo que afirmou em 58, que diante destes totalitarismos que marcam a nossa época quem ficou como o portador da sinceridade,da verdade e da honestidade,foi o “individuo concreto vivo”(no dizer de Marx em “A ideologia Alemã”).

Esta é  a verdade:o que sobrou destes fracassos do século passado foi a ação de pessoas que mantiveram valores de coerência , “esquecidos” pelo movimento da história.

O cotidiano salvará a humanidade?É uma esperança pelo menos.O cidadão anônimo,correto.

Eu me incluo nesta trivialidade cotidiana individual.Eu sou sim um marginal,no sentido de que não me deixo diluir mais nos coletivos:ainda que na dúvida,eu fico com um pé atrás necessário em frente a estas “ propostas” tonitruantes de certos movimentos políticos.

À tentação de resolver tudo da maneira mais fácil,oponho a razão,o cuidado,ainda que isto seja considerado como manifestação de indiferentismo face ao sofrimento atual de muita gente.

Mas  eu não vou trocar nunca mais a violência(do capitalismo?)por outra,qualquer que seja ela.E se depender de mim não vai acontecer no Brasil(bem como ,espero,em outros lugares).


 

 



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