Teve gente
aí que me
criticou porque eu expus dúvidas e
erros no meu
blog de pesquisa e
publicística.Mas eu quero
mostrar aqui a
humildade de um gênio como
Kant que na “Introdução
à Crítica da
Faculdade do Juízo”,no
inicio da parte 2,nota 2,diz:
“Aqui é
o lugar de
corrigir um erro que
cometi na ´Fundamentação da
Metafísica dos Costumes’.Pois,depois de ter dito,sobre
os imperativos da
habilidade,que estes comandavam de
maneira apenas
condicionada,e aliás sob
condição de fins meramente
possíveis,isto é,problemáticos,denominei tais
prescrições práticas
imperativos problemáticos,expressão esta em
que,sem dúvida ,há
uma contradição.Eu deveria
tê-los denominado técnicos ,isto é,imperativos
de arte”.(cit em Introdução
à Crítica do
Juizo,Os pensadores,trad.
Rubens Rodrigues Torres
Filho,1980,pág.170).
Viram?Em toda
a sua vida de
professor,Kant nunca se
referiu aos seus próprios textos em sala de
aula!
No processo
de construção de discursos e
de sentidos o erro
faz parte da
atividade humana.Como diz
Nietszche o homem é um
ser “ errante”.Aliás Nietszche
acaba com um dos
maiores truques da
Metafísica Ocidental,aliada que
é da religião:a
união ,o amálgama entre erro e
culpa,separando os dois.
O erro reiterado
pode,eu disse pode,levar a
dano,culpa,mas nos sistemas
metafísicos como o do cristianismo e outros
que tais,o erro
é associado ,de
plano,ao pecado,à culpa.Se a
pessoa chega em
casa bêbada, suspeita-se de
algum tipo de prevaricação,a qual
deve ser investigada.De qualquer forma a suspeita
já é um comecinho de culpa.
A condição
da vivência,sem culpa,e
toda vivência autêntica
o é,é a admissão
do erro,a sua
distinção da culpa.
Existem atividades
,formais,que exigem a
preocupação de culpa,mas estas
são partes da
vivência,momentos da existência.Antes e fundamentando estes momentos está a
existência autêntica,a
vivência sem culpa,a errância.
Mais do
que isto a errância
é condição de criatividade,é meio
para se criar
algo novo,porque que aquele que admite
a possibilidade de sua falibilidade se
reporta como um ser completo,a
si mesmo,sem se preocupar
com modelos prévios
supostamente capazes de
evitar esta
infalibilidade.Infalibilidade
que é outro conceito
religioso.Ele busca o
fundamento em si
mesmo,nuam vivência que nada tem a
ver com
outras.
Kant e Ernesto erram
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