sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Similitudes entre Getúlio,Jango,Lula e Dilma



Eu    fiz  numa  petição de  princípio  a  afirmação  de que  num  sistema  presidencialista,de executivo  forte,todos os  ministros  devem  ser  escolhidos  pelo presidente  dentro  dos partidos  que comungam do  seu  programa.Ponto.
Desde  Getúlio  até  agora  Dilma,passando  por  Lula e  Jango,nós  vemos  que  os executivos  de  governos  ditos  progressistas de  esquerda,são obrigados,por  diversos  motivos,a  aceitar ministros  e políticas  contrárias  ao  pensamento  do  presidente.
No  caso  de  Getúlio,a  radicalização  nacionalista  de  seu  governo obrigou  na  metade a  uma  recomposição  ministerial  que  lhe  foi fatal  na  crise  final de  agosto de  54.
Jango só  voltou  ao  presidencialismo  porque  aceitou  a  imposição da  direita  ,que  ficou  com a  área  econômica  de  seu  governo.Quando  ele  tentou  sair desta  camisa-de-força,foi  o  que  se  viu.
Lula perdeu  o  controle  no  seu  segundo  mandato  por  causa  do  mensalão.Conseguiu,através  da  novidade de  Dilma,recuperar  um  pouco este  dominio,mas  agora,ficou  claro  que  a  situação é  não  só a  mesma,mas  piorou,havendo  dúvidas  em relação à presidente,tão  cantada  antes  em  prosa e verso e agora  acusada  de mentirosa  e  sem autoridade.
Será  que  ela  caminha  para  um  fim  tão  ruim para  ela  e  para  o  povo,quanto  os  outros  citados  governos?
Mas  mesmo  que  nada  aconteça (é  o  que  nós  queremos)a  tendência  no  Brasil  é este  esquemão  fisiológico  permanecer e  ganhar  mais  força,podendo  inclusive pender  para a  direita  se  os politicos  reféns  de esquerda continuarem  neste  jogo   imprestável.
O que  era  preciso  Lula  fazer  era  reformatar  o  Partido  e  a  esquerda,mas  como    disse também  em  outras  ocasiões ,Lula  conhece  muito a  vida,mas  não  tem  referenciais  históricos e  teóricos  para  empreender  esta  tarefa que é  a de  nosso  tempo,porque  o  pensamento  progressista  está  se esvaindo em assistencialismo  e  inocuidade.

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