Assisti há uma semana
atrás uma arenga
do pastor Silas Malafaia, na
comissão que trata
da homofobia e ele disse
lá que o
parlamento não podia
ser laico, porque a maioria era
de cristãos evangélicos
que tinham o
direito de impor esta maioria
aos outros.
O advogado Sobral
Pinto costumava dizer(ele que havia nascido
no século retrasado),que até a
eclosão da 1ª Guerra Mundial,qualquer acordo verbal
valia secula seculorum.Depois deste
evento você poder
fazer quilos de
contratos escritos que não adianta nada.
Este processo de
desconfiança geral,que dura até
hoje,teve passos importantes ,mas o mais
importante foi quando se legitimou o
governo ditatorial de Adolf
Hitler na Alemanha,por causa
da escassa maioria que votou nele.Com esta maioria
os nazistas proscreveram
os partidos marxistas(e
parte dos alemães
aceitou)e depois os
outros partidos e
correntes aceitaram a ditadura
que lhes propunha convivência dentro da
“comunidade nacional”.
O que o Pastor
Silas Malafaia disse ,a
sua estrutura mental argumentativa,casa direitinho com os “
argumentos “de Adolf Hitler.
Ser laico é entender
que
a religião,como outros temas,é
uma questão de foro
íntimo e não de maiorias,pois ninguém,é,no plano dos
direitos,da isonomia dos
direitos,melhor do que
o outro.
Pode ser mais
eficiente,pode obedecer a lei,pode
ser melhor pessoa,mas no
plano dos direitos,todos podem e
devem ser abarcados
por eles.E todos têm o
direito de fazer escolhas religiosas
diferenciadas.
O nosso mundo
é governado por
esta idéia fascista de que cada
sistema de poder tem o direito de dizer que a
politica certa (e obrigar a
aceitar)é o seu modelo,o qual deve
ser a mediação
uniformizadora da sociedade.
Se eu tenho eu
posso tudo,a despeito
dos direitos individuais,das escolhas pessoais,a despeito
do Direito pròpriamente,na sua essência
mesma.
O mal é
que este tipo de proselitismo ataca também
a esquerda ,que pensa
que política é isto mesmo
também,imposição,e aí fica uma
disputa que destrói a noção progressista
do público(não estatal)que é o caminho
inevitável de progresso e
social dos povos.
A rigor nós
ainda estamos (e quando nós
digo o mundo
todo)na idade média(se tanto).
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