domingo, 31 de dezembro de 2017
sexta-feira, 29 de dezembro de 2017
segunda-feira, 25 de dezembro de 2017
O guia do politicamente incorreto
Einstein
O
caso de Einstein não está incluído nestes nefandos programas do The History
Channell,mas está na estratégia geral da direita(integrista
católica?[monárquica?]).Se no caso de Santos Dumont o que justifica o seu
massacre é uma intenção antinacional(mercadológica),no caso de Einstein logicamente
é o antisemitismo. Sua figura foi exagerada pelos judeus para lhes favorecer
nos seus propósitos políticos.
Não
nego que estes fatores não tenham um valor na trajetória de Einstein,que sofreu
com o antisemitismo na Alemanha e pode dar uma resposta legítima a este
comportamento na sua vida.Aliás foi por associar a física moderna aos judeus, que
os nazistas não deram a devida importância a uma arma que poderia ter lhes dado
a vitória na 2ª Guerra, a bomba atômica.
Contudo
isto não tira os méritos de Einstein.A única coisa que se pode dizer a respeito
de toda esta polêmica é que a distância entre ele e os físicos de sua época era
menor do que a mídia estabelecia e que o seu trabalho só foi possível por causa
da contribuição destes outros cientistas.
Einstein
não era um débil mental quando criança,isto foi uma lenda que cresceu
exponencialmente.Ele era ,na verdade,superdotado,desde pequeno,com capacidade
de escrever artigos em revistas e se adiantou no estudo das questões que
estavam na ordem do dia no seu tempo,após as formulações de James Clerk
Maxwell.
Por
estas ,todas as forças até então conhecidas no universo foram unificadas física
e matemàticamente(se é que isto é possível segundo a mecânica quântica)(seguem
os cálculos finais).
Unificando
as forças conhecidas até então,era preciso uma teoria explicativa do universo.Para
isto havia que resolver o enigma da luz
no espaço,a existência das moléculas e dos átomos,da energia e da matéria.
Se
nós observarmos os princípios da eletrodinâmica nós veremos que no que tange à
energia a fórmula usada por Einstein já era conhecida.
Charles
de Coulomb ,no século XVIII tinha relacionado a eletrodinâmica com a gravidade.
A fórmula da
gravidade é “ matéria atrai matéria na razão direta das massas e no inverso do quadrado
das distâncias”:
Esta
“ distância” é que é o “ erro de Newton” criticado por Leibnitz,que foi o físico
que propôs a relatividade.Não há distância,vácuo,mas matéria,como notou
depois,muito depois,Lorentz,colocando massa no lugar deste vácuo,através desta
fórmula famosa:
Em
que m é massa é v velocidade do elétron(do corpo) e E é Energia.A Energia é 0,5
x massa do corpo ou da partícula vezes o quadrado da sua velocidade.
O
que Einstein fez de novo com sua fórmula E=mc²?Energia é a massa x a velocidade
da luz ao quadrado.Com esta fórmula ele uniu o mundo microscópico das partículas
com o universo(inteiro?[Newton]),com a matéria(planetas).A energia se
transforma em matéria,massa, e vice-versa,muito embora,ele mesmo admitiu não
ter dado atenção a esta inversão possível,no que foi o seu maior erro,que o teria
conduzido à teoria do Big Bang.
Ora
não há diferença entre ele e Lorentz?Claro que há,pequena,mas há.Lorentz
definiu apenas a natureza da energia contida no eléctron,mas Einstein definiu
um padrão de transformação(com a ajuda das transformações matemáticas de
Lorentz[espaço-tempo]).
Se voltarmos a Coulomb (séc.
XVIII) veremos um campo magnético:
Em
que duas cargas se atraem(se forem diferentes)na razão direta das massas no inverso do quadrado das distâncias:
Assim
Uma
carga 1 atrai a 2 na razão direta de
suas forças e no inverso do quadrado das distâncias.Mas este campo energético se
explica pela fórmula supracitada de Lorentz e quando aplicada ao universo
resulta na de Einstein.
A
curvatura do espaço,que é a segunda grande contribuição de Einstein,foi
anunciada paulatinamente pela geometria não-euclidiana,também a partir do
século XVIII,especialmente pela contribuição do grande matemático Carl
Friedrich Gauss.O ponto alto é o “ paradoxo geodésico” que explicita algo que
Leibnitz havia percebido no quadrado:
Se
você trespassar uma circunferência paulatinamente,digamos da esquerda para a
direita,a a área do gomo direito ficará maior do que a circunferência
toda,demonstrando a profundidade espacial da mesma,a qual,pois,não é
plana,euclidiana.Se imaginarmos a circunferência como a terra,veremos que
isto,a profundidade, se confirma,no conceito,real,de curvatura e de “redondez”
do planeta.
Isto
pode ser aplicado a tudo o mostramos aqui,à fórmula de Coulomb,de Maxwell ,etc.
Quando
eu comprei um computador 286,pela primeira vez,eu pensava ser ele decimal,mas
sendo o aparelho um ambiente virtual,de luz ,energia,óptica, obedece a estes parâmetros,sendo,pois,uma
seção cônica.
O sistema de todos os computadores é o de uma seção cônica,que não é decimal,mas sexagesimal,ou seja,conta-se de 6 em 6,como toda a curva;E o que é contado de seis em seis?O tempo!Então o tempo se relaciona com o espaço (espaço-tempo)e os computadores são um microcosmo do universo(espaço-tempo).
O sistema de todos os computadores é o de uma seção cônica,que não é decimal,mas sexagesimal,ou seja,conta-se de 6 em 6,como toda a curva;E o que é contado de seis em seis?O tempo!Então o tempo se relaciona com o espaço (espaço-tempo)e os computadores são um microcosmo do universo(espaço-tempo).
Uma
parte do “ espaço-tempo” curvo.A linha de cima pode ser vista como a luz que é “
desviada” pelo planeta,mas evidentemente ninguém sabe o que é “ em cima”,” em baixo”,e onde ficam
os limites deste universo.
Eu
já coloquei aqui esta questão,ou estas questões,em outro artigo,quando da
descoberta das “ ondas gravitacionais” previstas por Einstein.Se o universo é
ou não fechado,é um problema aberto,não resolvido(ainda).
O que acontece é que Newton “ fechou” o seu sistema,pelo princípio,que
ele não verificou,mas só afirmou, da “ unicidade da natureza”,pelo qual a lei
que ocorre no plano da Terra ocorre em todos os lugares.
Como
eu já dissera no artigo citado,os planetas(e os átomos)são vistos por Newton
como inseridos num espaço vazio,mas Einstein demonstra que não há este vazio.Os
materialistas,inclusive de tradição marxista ,dizem que o espaço e o tempo são
formas de existência da matéria mas isto não é preciso,porque a energia é
diferente.
Nos
interstícios do espaço-tempo há algo que ainda não se sabe o que é.
Assim,como
a de Santos-Dumont,a descoberta de
Einstein não tem enorme distância em relação aos outros pesquisadores e ela
depende deles ,mas o que os dois fizeram,de distinto,é real.
Nos
últimos anos o que se faz com Einstein é o mesmo que o nosso César Lattes(maior
físico brasileiro) fazia,criticá-lo por razões pessoais:Lattes mereceu receber
o prêmio Nobel,mas não teve o apoio de Einstein.O nosso médico Carlos Chagas teve ,mas ainda assim
não ganhou e o Brasil segue sendo o país mais injustiçado pela Academia Sueca,mas
por culpa nossa.(Portugal recebeu através de Egas Moniz,médico).
O
Prêmio Nobel agracia não a pessoa ,mas a pesquisa e a possibilidade de sua
continuidade e de sua utilidade para o país.Tanto no caso do médico,como no de
Lattes ,as “invejas nacionais “,o “ pacto da mediocridade nacional”(que todo mundo sabe que existe),impediram
o reconhecimento.Há um livro de uma professora sobre Carlos Chagas que prova
isto.E embora Lattes e José Leite Lopes tenham tentado criar condições de desenvolvimento da física
brasileira, o “ pacto” barrou.
No
caso de Lattes-Einstein houve um choque de vaidades,mas o problema geral
prossegue.
Mais
do que isto,é verdade que Einstein usou a sua carreira universitária para fins
políticos,de maneira legítima,até ao ponto em que questões pessoais desviaram a
ciência do sua sempre necessária conexão ética:em 1930 Einstein estava no seu
auge e no máximo de sua popularidade.Chaplin o convidou para a estréia de seu
filme “ Luzes da Cidade” em 1931.
Ocasião
em que o cômico pronunciou uma frase célebre sobre os dois.Einstein afirmou que
gostaria de usar uma técnica tão simples,com a mímica do Sr. Chaplin para
expressar as suas idéias”,no que Chaplin redargüiu :” Pois é ,eu sou popular
porque todos me entendem e o senhor também,porque ninguém o entende”(kkkk[riso
meu]).
Mas a carreira criativa
do físico tinha se encerrado e uma nova geração se aproximava,com novos
fundamentos filosóficos.No segundo Congresso de Solvay em 1928(ou 29) mecânica
Quântica venceu os princípios racionalistas de Einstein,que ainda seguia um
pouco a “ unicidade” de Newton.Foi nesta ocasião que ele proferiu a célebre
frase” Deus não joga dados com o mundo”.Se tudo está em movimento,energia
,matéria,partículas,corpos, como ter um referencial absoluto de medida?
Imaginemos de novo o modelo acima,sabendo que os corpos,as partículas, representados no interior do quadrado,do “ universo”,se movimentam permanentemente.Se um elétron se movimenta o outro também e assim sucessivamente(se podemos falar assim...).Então como saber o que acontece neste “ universo”,saber o que vai acontecer?E como Heisenberg mostrou,com seu “ Princípio da indeterminação”,quando se busca fazer uma medição,os instrumentos para tal alteram cumulativamente esta situação de movimento constante impossibilitando qualquer medição.Mas o princípio mais importante que tudo isto destrói é o da “ previsibilidade científica”.
Lorentz,em
seu livro sobre a Relatividade sequer insinuou que Einstein não detinha
legitimidade,mas ressaltou o que falamos aqui.
Tanto
César Lattes como um recente físico português
sempre contestaram esta última teoria e a relatividade,trabalhando com a
hipótese de que a velocidade da luz varia,perto do Big Bang,mas isto não foi
comprovado(ainda).
Esperemos
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