sexta-feira, 11 de setembro de 2020

A danação das vanguardas de esquerda

 

Esquerda para mim é fundamentalmente razão emancipatória.Tirei este conceito de Jurgen Habermas.Não se trata de fazer caridade ou assistencialismo.

No passado acreditando ainda na revolução ,toda a caridade era vista por mim como atraso do desenlace final utópico.Hoje eu incluo a ajuda do estado como parte do processo,não todo ele.

A esquerda no mundo todo e especialmente no Brasil,depois da queda do socialismo real,empacou neste tipo de assistencialismo que já é prática de um monte de lbv por aí,um monte de espertos por aí,laicos ou religiosos.

E o cúmulo do absurdo é que usam o mesmo expediente canalha de chantagear:o politico faz o que faz porque é seu DEVER .Ele não tem o direito de jogar sobre seus eleitores o fato de terem feito o que o povo precisa.

Lembro-me muito bem de que um destes “ caridosos” aí,atingidos pela justiça,usou os seus seguidores como reféns,alegando que se ele fosse muito justamente preso e a sua instituição desbaratada,ficariam desamparados.É a simbiose da politica com o direito,favorecendo a primeira;é a politica se sobrepondo à verdade.

Mas há um outro problema:a esquerda,agindo assim manipulatoriamente,como a direita,constrói lideranças,às custas do pobre,da miséria.Ao invés de criar condições para emancipar de vez catadores de papel;moradores de rua ,vendedores de balas,constróem carreiras politicas que não emancipam estas pessoas e favorecem estes políticos,que ficam reproduzindo poder indefinidamente,como a direita faz.

Abaixo o gigolô de pobre.

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