sábado, 5 de setembro de 2020

O que une Thomas Jefferson,Bolsonaro e Guevara

 

Cada um à sua maneira defende que o “ povo” se arme para defender os seus interesses.A polêmica sobre as armas divide a esquerda e direita aqui no Brasil.A primeira se opõe e a segunda defende ,mas ao longo da história estas posições se modificam principalmente no caso da primeira.

Ao defender uma revolução é plenamente justo que o povo use armas para defendê-la ,mesmo que não esteja totalmente preparado para isto e mesmo que tal coisa acabe gerando fenômenos paralelos de criminalidade comum.É impensável para a esquerda que num processo revolucionário o povo não esteja consciente destas diferenciações.

O liberalismo clássico,de Thomas Jefferson,totalmente desconfiado do estado,chega a criar um pensamento que o anula completamente ,ao ponto de o cidadão ter o direito de se prevenir contra ele,como se fosse o estado um criminoso comum,guardando em casa(“ My Home is my castle”[“minha casa meu castelo])uma arma para repelir a sua esperada intervenção, naturalmente ilegítima.

No caso de Bolsonaro é só neonazismo mesmo:trata-se de ganhar dinheiro vendendo armas,a partir de uma ideologia de defesa do cidadão,que tem muito pouco a ver com este liberalismo.

O fato é que vivemos numa época em que os principios sociais,a questão social,estão nas catacumbas.Aquilo que aprendi não só dos comunistas,mas principalmente do iluminismo francês, desapareceu completamente:que existe uma relação entre os gravíssimos problemas que nós enfrentamos com a questão social,coma exclusão,com as injustiças e que não se há de superar isto com armas,mas como a ciência ,o conhecimento e o comprometimento da politica.



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