terça-feira, 8 de março de 2022

Bolsonnaro e a (sua)falácia de nacionalismo

 

Surgem aqui e ali noticias sobre a guerra e a posição do Brasil,que me ensejou a única concordância (não elogio)com o jumento.A bem da verdade sempre foi assim e deve continuar a sê-lo:neutro humanitário.Em qualquer briga ajudar(se for o caso)os dois lados.

Contudo,como ficou claro nos meus outros artigos ,a posição geopolitica do governo brasileiro é um pouco complicada em face de uma Rússia que não é totalmente afinada com a direita ultra-liberal(neo-nazista[em termos]).

Mas como eu expliquei,geopoliticamente compensa mais se aliar à Rússia,para isolar uns Estados Unidos democratas.Com as noticias espoucando fica bastante claro que Putin planejou tudo:com as sanções dos Estados Unidos,que só pioram,Putin devolve com a ajuda de seus aliados.Neste momento por incrivel que pareça Bolsonaro e Maduro estão emparelhados:diante da proibição de Biden de importação de petróleo russo,Putin pediu ajuda ao óleo venezuelano.

A neutralidade do Brasil ,no fundo,serve como apoio de fato aos russos,porque arrefece um pouco uma aliança geral que os isolaria.Mas serve também aos objetivos próprios de Bolsonnaro e é aí que entra a questão posta no titulo:a concepção nacionalista do governo Bolsonnaro se associa indissoluvelmente à sua visão mercadológica neo-liberal.Aquilo que faz dinheiro ajuda ao Brasil,mas como deve saber toda a pessoa sensata o dinheiro por si mesmo não adianta nada,só o sentido que se dá a ele.

O governo Bolsonaro é que nem o de Trump:ambos insistem em ver as nações como empresas.Pouco tempo atrás cheguei a pensar que havia por trás disto uma similitude com o capitalismo de estado na China ,mas eu não estou certo disto.Penso que não.Uma concepção assim e sua aplicação num país complexo como o Brasil são demais para o governo Bolsonaro.Não tem uma teoria ou base ideológica que prove isto.

O capitalismo de estado é aquele que administra o estado como s e fosse uma empresa.Muitos neo-liberais defendem este tipo de governo e na China o que predomina é isto aí mesmo.

Se entra o capital,se o capital cresce ,as condições de progresso nacional estão dadas,mas é lógico que se não houver uma ideia do que fazer com ele,para além do processo de seus ganhos,não há mudança nenhuma.

E como eu já expliquei várias vezes,o puro mercado,por si mesmo,não é suficiente para mudar as nações no plano social.

O nacionalismo legitimo é aquele que sem exaltação reconhece a sua prioridade(sem xenofobia)e considera a formação nacional como a base da mudança,nas suas relações evidentemente com o mundo.

A identificação que faz o governo,este governo,com o mercado não é nacionalismo e tem semelhança com o internacionalismo de esquerda,diferentes,mas ambos desconhecendo o campo social onde os problemas totais da humanidade aparecem e podem ser resolvidos.Não é nem o mercado ,nem o operário,mas o cidadão,a república ou o coletivo,com suas mediações,inclusive e fundamentalmente,do direito,do estado de direito.

Corre por aí uma noticia de que aproveitando-se de que a atenção do público está voltado para a guerra,Bolsonaro quer liberar as terras indigenas para produzir minérios e outros itens ,alegando que com as sanções de lado a lado,é preciso que o Brasil se previna.

Depois analisarei este truques deste governo.O quero demonstrar é que este nacionalismo propalado é falacioso e que há por trás um oportunismo imediatista,de favorecer setores apoiadores potenciais do governo,visando às eleições.


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