Eu
acho que o Papa Francisco também é meu leitor.Aliás todo mundo é:Marilena
Chauí,Terra é Redonda,Folha de São Paulo.Comecei a falar em racismo reverso e
já agora outros “ intelectuais” começam a
fazer críticas ao racismo ou ao discurso do movimento negro.
Muniz
Sodré critica o racismo estrutural e eu não posso ler porque não pago(estes
capitalistas de esquerda,hum...(abaixo a burguesia mesmo que seja vermelha]).
Já
era hora destes setores trabalharem com os conceitos democráticos de competência
e verdade e me reconhecer.Mas covardia,desonestidade,falta de ética e falta de
fundamento(ou falta de leitura)são atributos da esquerda brasileira que eu conheço
desde o útero.Eu vou continuar propondo,discutindo e debatendo.Acho que eu
nasci póstero,como Nietzsche...
O
Papa Francisco ,que iniciou uma guerra civil às claras há quinze dias atrás,com
a benção aos homoafetivos,continua no seu caminho de ruptura,que é com seu passado e seus mentores.
Até
onde eu sei o Papa João Paulo II,em uma de suas encíclicas iniciais,disse que o
sexo era só para “procriar”,conforme a teologia de São Tomás de Aquino.
Tal
significa que o prazer como finalidade não entra na atividade sexual do cristão
católico.
Eu
já expliquei em muitos artigos a diferença da queda do homem(e da mulher)no
Paraíso ,no catecismo católico e nas concepções protestantes.Citei inclusive o
Poema épico de John Milton “The Paradise Lost”.
Este
é um dos momentos mais importantes da humanidade,a passagem do catolicismo
medieval hierárquico para a modernidade protestante,republicana e igualitária(Reforma
e Contra-Reforma).
Na
Queda do Paraíso católico a expulsão se dá por desobediência à ordem divina e
macula a existência humana com a culpa.Por isto o sexo (dir-se-ia)livre é
lembrança da queda e da culpa ,que só a Igreja como intercessora pode redimir.
No
protestantismo e no poema citado,que resume as idéias protestantes sobre a
queda,a expulsão abre possibilidades não só na existência humana,mas dentro
dela ,na questão do sexo.Do prazer do sexo.
O
trabalho para a versão católica é uma punição,mas para os protestantes é uma
chance de mudar o mundo a seu favor,melhorando as condições de sobrevivência.
E
o sexo é uma forma de glorificar a criação de Deus.
Porque
embora Deus não permitisse o sexo no Paraiso ,criou esta aptidão,que o homem(e
a mulher)buscou(buscaram)na desobediência.
Então
sentir o prazer sem torná-lo finalidade,é manter a culpa da desobediência,mas
entender o sexo(e o seu prazer)como lembrança da criação divina ,numa tentativa
de reintegração(ou parte dela)com Deus,a partir de algo que ele concedeu.
Se
São Paulo exige dos coríntios a lembrança do sofrimento de Cristo,os
protestantes descobrem que um dos atributos de Deus concedidos aos homens(e às
mulheres),pode ser uma intercessão valida para a redenção,ou que pelo menos não
atrapalhe este processo.
O
sexo e o trabalho adquirem agora um significado positivo e não de anátema e excomunhão.
O
Papa Franscisco,quer queira quer não,rompeu com o Papa João Paulo II e a igreja
parece estar no caminho que eu preconizei há dez anos:fazer como os comunistas
em 56.
Romper
com este passado e este presente contraditórios ,em que convivem a pura crença
e a pedofilia.
Assim
como aconteceu entre os comunistas:a convivência entre assassinos cruéis e
pessoas sinceras,fato que só prejudicou estas últimas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário