domingo, 21 de janeiro de 2024

O papa,o prazer e a pornografia

 


Eu acho que o Papa Francisco também é meu leitor.Aliás todo mundo é:Marilena Chauí,Terra é Redonda,Folha de São Paulo.Comecei a falar em racismo reverso e já agora outros “ intelectuais” começam  a fazer críticas ao racismo ou ao discurso do movimento negro.

Muniz Sodré critica o racismo estrutural e eu não posso ler porque não pago(estes capitalistas de esquerda,hum...(abaixo a burguesia mesmo que seja vermelha]).

Já era hora destes setores trabalharem com os conceitos democráticos de competência e verdade e me reconhecer.Mas covardia,desonestidade,falta de ética e falta de fundamento(ou falta de leitura)são atributos da esquerda brasileira que eu conheço desde o útero.Eu vou continuar propondo,discutindo e debatendo.Acho que eu nasci póstero,como Nietzsche...

O Papa Francisco ,que iniciou uma guerra civil às claras há quinze dias atrás,com a benção aos homoafetivos,continua no seu caminho de ruptura,que é  com seu passado e seus mentores.

Até onde eu sei o Papa João Paulo II,em uma de suas encíclicas iniciais,disse que o sexo era só para “procriar”,conforme a teologia de  São Tomás de Aquino.

Tal significa que o prazer como finalidade não entra na atividade sexual do cristão católico.

Eu já expliquei em muitos artigos a diferença da queda do homem(e da mulher)no Paraíso ,no catecismo católico e nas concepções protestantes.Citei inclusive o Poema épico de John Milton “The Paradise Lost”.

Este é um dos momentos mais importantes da humanidade,a passagem do catolicismo medieval hierárquico para a modernidade protestante,republicana e igualitária(Reforma e Contra-Reforma).

Na Queda do Paraíso católico a expulsão se dá por desobediência à ordem divina e macula a existência humana com a culpa.Por isto o sexo (dir-se-ia)livre é lembrança da queda e da culpa ,que só a Igreja como intercessora pode redimir.

No protestantismo e no poema citado,que resume as idéias protestantes sobre a queda,a expulsão abre possibilidades não só na existência humana,mas dentro dela ,na questão do sexo.Do prazer do sexo.

O trabalho para a versão católica é uma punição,mas para os protestantes é uma chance de mudar o mundo a seu favor,melhorando as condições de sobrevivência.

E o sexo é uma forma de glorificar a criação de Deus.

Porque embora Deus não permitisse o sexo no Paraiso ,criou esta aptidão,que o homem(e a mulher)buscou(buscaram)na desobediência.

Então sentir o prazer sem torná-lo finalidade,é manter a culpa da desobediência,mas entender o sexo(e o seu prazer)como lembrança da criação divina ,numa tentativa de reintegração(ou parte dela)com Deus,a partir de algo que ele concedeu.

Se São Paulo exige dos coríntios a lembrança do sofrimento de Cristo,os protestantes descobrem que um dos atributos de Deus concedidos aos homens(e às mulheres),pode ser uma intercessão valida para a redenção,ou que pelo menos não atrapalhe este processo.

O sexo e o trabalho adquirem agora um significado positivo e não de anátema e  excomunhão.

O Papa Franscisco,quer queira quer não,rompeu com o Papa João Paulo II e a igreja parece estar no caminho que eu preconizei há dez anos:fazer como os comunistas em 56.

Romper com este passado e este presente contraditórios ,em que convivem a pura crença e a pedofilia.

Assim como aconteceu entre os comunistas:a convivência entre assassinos cruéis e pessoas sinceras,fato que só prejudicou estas últimas.

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