A
tragédia do nosso querido estado do Rio Grande do Sul,mais uma do brejo
nacional ,nos coloca diante daquilo que todos denunciam(inclusive eu),toda a
hora sem repercussão nenhuma.Sem repercussão sobre os políticos que nos “
representam”.
Todas
elas são fruto do desinteresse geral em prevenir .Não me venham com esta de que
a ciência não tem condições de prever tais coisa,TEM SIM SENHOR.
Não
só a ciência:a racionalidade humana ,por si mesma,já poderia se preparado para
tais catástrofes.
Eu
me lembro que no governo pezão ocorreu um deslizamento de um grupo de
apartamentos que foram construídos numa encosta.A conclusão final é de que foi
uma fatalidade,como o acidente que matou Ayrton Senna e destruiu o dirigível Hindenburg!
No
fundo tudo isto é uma manifestação daquilo que Hannah Arendt chamou de “banalidade
do mal”.Embora o conceito original dela não fosse propriamente o que temos
diante dos olhos,é possível uma interpretação e um seu alrgamento:só quando
estão envolvidos crimes é que a sociedade politica se movimenta.
Quando
a questão envolve os governos e a
sociedade tudo é colocado para debaixo do tapete e é adiado
indefinidamente,até que outra comoção ocorra.
O
ninho do Urubu está nesta categoria e estas tragédias envolvendo a
responsabilidade politica.
O
que faz com que este desinteresse permaneça?A constatação vergonhosa e preguiçosa de que não tem saida não é admissível.
Agora
o governo está usando a questão climática para ver se impulsiona soluções,mas
se não houvesse este problema mundial não haveria desculpa e em outras épocas
sempre houve cataclismos previsíveis que não foram evitados,pelas mesmas razões
que ponho aqui neste momento.
E
nós podemos aprofundar estas razões citando o que está por trás,que compromete
não só os políticos,mas a sociedade como um todo:ninguém para de jogar o lixo nas
encostas;todos querem fazer obras na encosta para ganhar dinheiro e oferecer
uma alternativa para quem está excluído;não há previsão destas catástrofes como
a do RS porque se os problemas forem resolvidos não há mais condição de criar
situações para realizar novas obras super ou sub-faturadas.
O
principio geral de toda administração é construir e depois manter.Se não houver
manutenção mais problemas aparecem e as
chances de ganhar dinheiro também,principalmente com a corrupção.
Eu
tenho a impressão que este esquema clássico
cresceu tanto que ninguém está mais conseguindo evita-lo e às suas consequências
correspondentemente maiores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário