A
família comunista é como a comunidade dos dois primeiros séculos de nossa era: “
de cada um segundo a sua capacidade ,a cada segundo sua necessidade”.
Este
conceito foi emitido por aquelas comunidades “
rebeldes” do império romano.Ela marca uma diferença fundamental com as
comunidades ancestrais porque estabelece um principio de solidariedade absoluta
com todos,o que nem sempre acontecia nas outras.
Em
algumas comunidades ancestrais o velho era abandonado e às vezes a criança também,mesmo
a recém -nascida(aqui no Brasil alguns índios
têm ainda este costume).
A
comunidade cristã do antigo e primeiro cristianismo acabou com isto e
introduziu,pelo menos conceitualmente,este “ valor” humanitário,que persiste
até hoje e o deve secula/seculorum .
E
como tais comunidades eram pequenas ,como numa família,tais princípios valem
para ela,mas acrescidos de valores republicanos modernos e sempre atualizados de
tolerância religiosa e respeito à vida privada.
Na
comunidade primitiva isto era um problema(proto-totalitário?)mas foi o mesmo
cristianismo ,combinado com a burguesia, que criou o conceito essencial de “vida
privada”(dentro do qual o intimo está presente,está contido).
Na
família republicana aquilo que é comum a todos deve ser exercido por todos e
garantido por todos,mas há que ser reconhecido o caminho de cada um.
A
religião costuma dizer que assim se separam as pessoas,mas o que as separa são
elas próprias.Esta suposta barreira entre as necessidades reais da família e as
suas divisões formais e jurídicas não existe.Antes ela põe as balizas de um equilíbrio
fundamental,inclusive amoroso.
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