Afirmei
em certa ocasião que se não houvesse a revolução russa ,a social-democracia,de
inspiração marxista também ,poderia ter tido sucesso ,principalmente na
Alemanha,coração do problema europeu e ,de certo modo,do mundo.
Onde
ela atuou criou um progresso duradouro.
E
Colleti ,nos 200 anos da Revolução Russa ,escreveu um artigo intitulado “quando
a revolução faz falta”,mostrando como a falta de proteção dos direitos do homem
ajudou o nazismo a ascender.Ele se referia ,naturalmente,à revolução
francesa...
Uma
das inovações da República social-democrática de Weimar foi a aceitação de
candidaturas independentes no processo politico/eleitoral.
O
que Colleti pontuava e que está de acordo com esta possibilidade é que a melhor
maneira de evitar o corporativismo que leva ao fascismo e que é seu fundamento
doutrinário e prático ,é o reconhecimento do cidadão,da pessoa individualizada
que contribui para a sociedade e cuja contribuição deve ser reconhecida pela
sociedade,pela nação.
Costuma-se
falar,notadamente no Brasil,mas em países em desenvolvimento politico,que falta
a eles uma sociedade civil organizada,setores destacados e representativos que
permitam à democracia progredir e realizar os seus objetivos.
Sem
isto não há como manter um estado de direito e o esgarçamento ocorrido na
Alemanha,por causa da inflação,entre outras causas,gerou o nazismo.
Mas
se observarmos isto tudo com mais acuidade,nos veremos que depois da
reconstrução politica da Alemanha estas mesmas instituições abraçaram o
movimento.
As
corporações da sociedade servem à democracia,mas também aos regimes
totalitários.
O
que marca uma diferença essencial impeditiva desta ambiguidade é a presença firme
e reconhecida deste cidadão que produz.
Defender
e reconhecer a iniciativa individual produtiva é uma das formas mais eficazes
de garantir a democracia.
Voltarei
ao tema.
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