sábado, 4 de maio de 2024

Porque devo ser reconhecido Como intelectual independente

 

Afirmei em certa ocasião que se não houvesse a revolução russa ,a social-democracia,de inspiração marxista também ,poderia ter tido sucesso ,principalmente na Alemanha,coração do problema europeu e ,de certo modo,do mundo.

Onde ela atuou criou um progresso duradouro.

E Colleti ,nos 200 anos da Revolução Russa ,escreveu um artigo intitulado “quando a revolução faz falta”,mostrando como a falta de proteção dos direitos do homem ajudou o nazismo a ascender.Ele se referia ,naturalmente,à revolução francesa...

Uma das inovações da República social-democrática de Weimar foi a aceitação de candidaturas independentes no processo politico/eleitoral.

O que Colleti pontuava e que está de acordo com esta possibilidade é que a melhor maneira de evitar o corporativismo que leva ao fascismo e que é seu fundamento doutrinário e prático ,é o reconhecimento do cidadão,da pessoa individualizada que contribui para a sociedade e cuja contribuição deve ser reconhecida pela sociedade,pela nação.

Costuma-se falar,notadamente no Brasil,mas em países em desenvolvimento politico,que falta a eles uma sociedade civil organizada,setores destacados e representativos que permitam à democracia progredir e realizar os seus objetivos.

Sem isto não há como manter um estado de direito e o esgarçamento ocorrido na Alemanha,por causa da inflação,entre outras causas,gerou o nazismo.

Mas se observarmos isto tudo com mais acuidade,nos veremos que depois da reconstrução politica da Alemanha estas mesmas instituições abraçaram o movimento.

As corporações da sociedade servem à democracia,mas também aos regimes totalitários.

O que marca uma diferença essencial impeditiva desta ambiguidade é a presença firme e reconhecida deste cidadão que produz.

Defender e reconhecer a iniciativa individual produtiva é uma das formas mais eficazes de garantir a democracia.

Voltarei ao tema.

 

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