terça-feira, 17 de março de 2015

A crise



  agora  pude  me  debruçar  sobre  os  acontecimentos  do domingo.Faço-o  agora.
Relato  do  que  aconteceu
Em  primeiro  lugar   foi  uma  mnaifestação  significativa,mas  da  oposição,não  tendo  nada  a ver  com  as  manifestações  de  2013.Que existem  problemas  no  governo  Dilma  e  que  as  pessoas  estão  preocupadas  com  justa  razão  não pode  ser  medido  pelas  manifestações  somente,mas  também  pelas  terríveis  contradições  que  o  governo  demonstra  com  sua  politica.
Pode-se  ver  isso  nas  afirmações  de  uma  figura insuspeita,como  Stédile,que  diz  que  o  governo  está  retirando  direitos  básicos  do  trabalhador,porque  está  totalmente  refém de empresas  e bancos.
A  questão  não  é    a  corrupção  não.É  que  simplesmente  um  governo  de esquerda  não  pode  transferir  a resposabilidade  do  déficit  para  o  trabalhador e  não  pode  favorecer  o  agronegócio e  os  bancos.
É  ridicula  esta  visão  assistencialista  de  que  o  pobre  está  podendo  obter  créditos  como  pessoa  de  classe  média,quando  é  justamente   esta  concessão  mínima que  permite  aos  bancos  e  ao  capital  privado  exigir  o  superávit  primário,que  não  é  mais  do  que  uma  exigência de  que o  governo    guarde  caixa  para  pagar  somente  os  juros  bancários.
O  Impeachment  não  é  admissível  mas  o  governo  tem  que  governar
  me  coloquei  contra  o  impeachment.Até  agora  não  ficou  provado  nada  contra  a Presidente,mas  o  governo  tem  que oferecer  soluções  para  estes  dois  problemas ,corrupção  e  direitos  do  trabalhador,ou  seja,neste último  caso,manter a  condição de  governo  de  esquerda,que já  não é  muito.
Papel  de Eduardo  Cunha e  do  PMDB
Eduardo  Cunha  foi  posto    para confrontar  a  Presidente,mas  a  questão  dos conservadores  não  é  o Impeachment   necessariamente,mas  a  imposição  de um  programa  assistencial e  de  direita  que  a fraqueza  da  Presidenta  permite.Sendo  fraca a  estabilidade  é  mantida  por  interesse  dos  conservadores.
Uam  saída  politica  de  retirada  da  Presidente só  ocorrerá  quando  Eduardo  Cunha e  o PMDB de Michel  Temer  decidirem.
De  qualquer  forma,pelos  erros  do PT, o  que  vemos  diante  de nós  é  a vitória  do  fisiologismo e do  conservadorismo.
  disse  inúmeras  vezes  que  só refundando  a esquerda  será  possível  lutar  contra  isto.Lula  deveria,quando  saiu,refundar  o PT,mas  não tem  condições  teóricas e  talvez  práticas  de fazer  isto.Agora,neste  momento de acuamento  de  Dilma,um  PT  revigorado  poderia  conduzir  uma  estabilização  pela  esquerda,e  não  dependente ,como  está,da  direita.
Estamos  diante  do  fato  de  que  preservar  as  conquistas  da  esquerda  depende  de  uma  Presidente  fraca.
A  alternativa
Se  Dilma  não  agir  neste  dois  pontos  supraditos,restará  a  ela  fazer  uma  coabitação  muito  maior  do  que    está  ocorrendo,reconstruindo  um  ministério  ainda  menos  dela  do  que  do  fisiologismo/conservadorismo.Ela  estaria  ,neste  caso,por  um  triz(como    está).

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