terça-feira, 10 de março de 2015

Impeachment não é uma questão política



É uma  questão jurídica,do estado  de  direito.Se nós  não  vivêssemos  num  presidencialismo,mas no  parlamentarismo ,era    fazer uma  moção  de  desconfiança e  se o  parlamento  decidisse retirá-la a retiraria.Mas nós vivemos  num presidencialismo,fundado na  lei.A pressão  política  para Dilma sair é  um atentado à lei.Mesmo que haja um acordo  para forçá-la   a  sair,(que  é o que   eu acho  o que acontece),abre um  precedente para o permanente  uso da  força por  parte  de um  dos  poderes,em letras garrafais:GOLPE,AUTORITARISMO,DITADURA,QUEBRA DO ESTADO  DE DIREITO.
O  que  está havendo é uma luta entre o parlamento e  o executivo,dir-se-ia,uma dualidade  de poderes e quem  acaba pagando a conta  deste desgoverno é  o  povo.O governo é a  harmonia  dos  poderes e a  desarmonia  é a acefalia.
Repito,mesmo  um  acordo tem como base subliminar uma pressão ilegítima.
O impeachment  só se admite  quando   se prova  crime  de  responsabilidade  do servidor público que  é  a Presidente.Até agora não foi  feita a conexão entre os escândalos e  Dilma.O caso  de  Collor foi diferente  porque a prova foi feita,foi mostrada.Agora não.
Já disse inúmeras vezes que  eu tenho certeza de que Lula  e Dilma  sabem de tudo isso,mas  em  direito isto tem que virar  prova.No mínimo  eles não têm autoridade,porque os  “ de baixo “ fazem o  que  querem.Mas isto  tem  que ter   expressão jurídica para desencadear o impeachment.
A crise,pois,precisa ser  debelada para o bem  do povo brasileiro,que está pagando a conta   deste descontrole.

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