A dualidade
de poderes foi definida por
Lênin uma vez
num artigo famoso
sobre a Revolução russa,no qual
ele demonstrava que havia
dois poderes disputando o mesmo espaço de
poder,diríamos,disputando a hegemonia.
Hoje,no Brasil,
acontece algo semelhante a
isto,algo semelhante à
famosa “ coabitação”
entre Mitterrand e
a direita francesa.
Eu já me referi
em outro artigo
sobre Getúlio e Jango que esta
tipo de situação
é mais que perigosa
porque ela ataca autoridade
do Presidente,que no
regime presidencialista
deveria ser o
único detentor do poder,principalmente no que
tange à sua completa e
total autoridade diante
dos ministros.
Eu disse
mesmo que no presidencialismo o Presidente
é quem nomeia por livre e espontânea
vontade os seus
auxiliares.
A diferença do
PT e de
Dilma para Getúlio(e
Jango)é que eles
estão lutando para manter a
linha de governo
e isto é legítimo,porque Dilma
foi eleita e deve governar.Mas
o que se vê é
uma quantidade imensa
de chantagens de lado
a lado,desencontros e ameaças,inclusive de uns
e outros passarem
para a oposição
se uma determinada
lei for vetada
ou não.O PT
muda diante disto,depois
pede uma compensação
,mandando para o espaço qualquer
tipo de critério.
Onde isto vai
parar?Que riscos ainda
corremos?Ora o que
falta é alguém
achar uma solução
que não implique
em trauma para as instituições e o povo
brasileiro.O dia que
alguém resolver esta questão do “
trauma” de uma eventual mudança radical haverá uma
sem dúvida.
A principal
questão é a
legitimidade de quem detém o
poder,quero dizer,no lugar
de Dilma
eventualmente,porque apesar
das críticas e da divisão
eleitoral no país não há sustentação popular para
alguém diferente lá no Planalto
e assim vamos seguindo aos
trancos e barrancos , correndo riscos.
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