Antes de
retornar para o
problema nacional,quero fazer
uns comentários sobre
estes esfaqueamentos na cidade e
a sua repercussão porque tudo
me parece dantes
como no quartel de Abrantes:quer dizer , me
parece que isto
não é fortuito,mas uma
armação destes grupos
que querem justificar a
redução da maioridade penal
e mergulhar o Brasil em
trevas maiores ainda.
Aqueles à esquerda
que disserem ironicamente
que eu já devia saber,replico que é
importante ressaltar diante
da sociedade brasileira
este fato e eu não
estou vendo tal denúncia em nenhum lugar,nem por hipótese que é
o que eu estou colocando
aqui.
E aqueles
que,pela direita me acusarem
eu respondo que tal
reação,eventual,mostra o caminho quanto à veracidade
desta minha desconfiança.
Desconfiança e preocupação
com os descaminhos da política
brasileira que
se torna mais
e mais antiética
e mais invasiva
da vida social.Quando os de cima,os que governam
metem os pés pelas
mãos,os de baixo
pagam,quando há acefalia,ou
o poder demonstra
ambigüidade ,a tendência da anomia
subseqüente é que o povo sofra
os respingos.Neste caso respingos
mais perigosos que pode
haver.
Desde as
manifestações percebo um clima
de contestação mas ao
mesmo tempo de falsidade,de teatro,deste
teatro político que visa
enganar as pessoas
com situações catastróficas
à vista.O pior
é que os erros
do governo,aliados ao continuísmo
,acabam criando o caldo de
cultura para este
falso clima,que viceja diante
dos inúmeros problemas constantes
do cotidiano da cidade.Se a demanda da sociedade
não é senão jogada para de baixo
do tapete,uma hora explode sobre as instituições,passando por cima
delas.
Eu não
estava errado quando votei
em Aécio,em nome e somente
em nome
da alternância de poder.Isto teria garantido
o processo democrático e o
respeito à sua padronização
ajudaria a resolver melhor os problemas e evitaria esta confrontação
que cria o clima.
Como eu disse
chegamos a um ponto em que
a democracia brasileira precisa
mostrar a sua maturidade e força,para continuar.
Após o
impulso pós –ditadura chega o
momento da estabilização
e esta depende
da resolução dos problemas e esta,por sua vez,da continuidade da
democracia.
Infelizmente os
atores políticos demonstram mais
preocupação com os seus interesses
do que com o Brasil.Também são
representantes que foram formados
nas lutas do passado
e embora,por causa
disto,defendam a
democracia,carregam em si um DNA passadiço que
os impele a soluções anti-democráticas(continuísmo-congresso impositivo),juntando ao contexto
ares de perigo.
É hora de
entender a necessidade de corresponder
às demandas do povo
com atividade substantiva e não jogo de cena como
esta proposta nefanda
da “ redução”,que se aprovada,colocará a direita no proscênio,para novos
espetáculos de barbárie.
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