quinta-feira, 7 de maio de 2015

E o Aécio hein?



É,aos  leitores  que  me  acompanham sabem  que  artigos  atrás eu  disse  que  uma das  hipóteses  para  o  desenvolvimento da  política  brasileira  pós-eleitoral  era  o  Aécio  pender  mais  para a  direita,contrariamente  ao  seu avô, e perder a  condição  de  estadista  que  eu esperava,como  seu eleitor.Dou  a  mão  à palmatória:Ele  fez  exatamente  isto.
Mas  em  compensação,  a  tendência  de  Aécio  é ficar como refém,como  Lula e  Dilma,destes  conservadores  que estão aí  comandando  o parlamento  e  pensando  até  em  implantar  o  parlamentarismo.
E  não  se  fala   em  parlamentarismo.Fala-se  em encurtar  o  mandato  de  Dilma.Ainda  não  se  pode  dizer  que  ela  está  sendo    fritada”,mas  as condições  para  tal  estão  dadas,na  medida  em  que    se  fala em    trauma”  no  caso  de  sua  saída.Serra  está  dizendo  isto,babando  de prazer , na  gravata.
A    fusão”(espiroqueteação)PSB-PPS  é  por  causa  da  possibilidade de chegar  ao poder.Ao  poder pelo  poder,sem  programa,sem  idéias.
A  política  é  para  o  povo,para  a soberania(para  as ruas).Toda  esta  discussão,esta luta, é importante  até ao ponto em  que os prejuízos  alcancem  ao  povo,o  que já  ocorre.
Em  todos os sentidos    isto tudo    reforça  a  minha convicção de  que a  democracia  brasileira está  num  momento  decisivo  de maturidade  e os seus atores,como se  vê,parecem não entender  isto,esta  necessidade  de garanti-la  e amadurecê-la,porque  agem  segundo a  velha  política  dos conchavos em  direção ao  poder(ao  poder  pelo  poder),não  em  sintonia com  as  ruas.
Não adianta  pensar  em mudar(como Serra  quer) o sistema  político pela  metade,só  mudando o sistema  eleitoral.Isto expressa  o desejo manipulatório  de garantir para o PSDB(ou  quem quer  que seja)a vitória  nas  próximas  eleições.
Não  tem  sentido  fazer  isto  sem  o parlamentarismo    completo,mas  nem  a sua implantação agora  estaria  livre  destes  interesses imediatos,porque  ele  viria(  e  vem,porque está sendo proposto)para  estabelecer  de  vez  este  poder  de  fato  do congresso,o  qual  é ilegítimo  porque  nós  votamos  na  Presidente.O  congresso  não  percebe  que  é  obrigação manter  o  equilíbrio de poderes  e  age  no sentido de acuar a  Presidente  o tempo  todo ,o que atinge  o  povo  em  sua decisão e  insinua  um  golpe.
Além  do  mais  um  parlamentarismo,sem  partidos fortes,  não  prospera,exatamente  porque  distancia  o  governo  do  povo .E  o que vemos  não são  partidos fortes,mas  conchavos  ao  sabor dos ventos.

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