Todo o truque de máfia reside em
você justificar certas violências corriqueiras,certas agressões,verbais
inclusive,sob o argumento de que a luta eventual e futura exige que o militante
esteja sempre atento e preparado para enfrentar estas coisas.
Na verdade,supostamente,todos se
gostam,mas de fato este “ truque” da “
desconfiança organizada”,revela que o amigo de hoje e de agora pode ser o seu
inimigo e algoz desde sempre num processo de autofagia “ revolucionária”.
E sempre ocorre na suposição de
que a qualquer momento o partido pode ter que pegar em armas e enfrentar coisas
piores.É para saber se você aguenta pressão,como se você estivesse no Bope.
Contudo a esfera civil é diferente
da esfera militar ou de guerrilha.A intersecção entre estes dois momentos nas organizações
comunistas e radicais favorecem,no final,a interesses ditatoriais,principalmente
porque fica longe ,no horizonte, a perspectiva de luta “ militar” e não tem
sentido usar estes critérios na vida civil.
Mais do que isto o “ núcleo duro”
da organização se sente dono dos “ idealistas” e “ incautos”,inclusive na
esfera pessoal(tema que eu vou tratar no próximo artigo)e toma decisões ,em nome
da “ segurança do grupo”,invadindo a sua vida de militante e pessoal.
Meu pai comunista e stalinista,que
totalitariamente,juntava a família com o partido tomou decisões atinentes a
mim,inclusive ilegais,sem me contar e me dar satisfações.
No partido onde eu militava,o
PCB ,houve uma reunião sobre se eu
deveria entrar ou não ,em que eu não fui chamado.Quando reclamei a “ comissão
de ética” mandou eu relevar.
Eu fui nesta crescente de
mau-caratismo até sair em 83 e até hoje
não consigo sair.Ninguém me larga.A minha vida pessoal continua deles.
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