Nas
discussões que venho fazendo sobre a verdadeira natureza do comunismo(conceito
que ninguém sabe o que é[inclusive os comunistas])é fundamental se posicionar
diante do capitalismo.O que é ser anti-capitalista e se se deve sê-lo.
Esta ultima
pergunta eu já venho respondendo sobejamente :na visão de Marx o capitalismo e
sua capacidade produtiva são inarredáveis.São essenciais à utopia.
Dito isto ,algumas
consequencias se fazem sentir:a visão de pura rejeição(religiosa[Weber])do
capitalismo não cabe,mas a sua transformação em algo que sirva a todos e não à
meia-duzia.
Stalin
dizia que ele não fazia socialismo para meia-duzia e também o capitalismo não pode
ser para uma minoria.
E no
esforço de torna-lo para todos ele já não é propriamente o capitalismo no
sentido que todos criticam e deploram.
Esta visão
horroriza os radicais,porque admite a permanência da burguesia,das classes
altas (por um tempo),mas não ficou provado,historicamente,que a supressão
destas classes garante o desenvolvimento exponencial exigido pela utopia.
Ser
anti-capitalista é não permitir que o dinheiro,o capital,comande a
sociedade,porque quando isto acontece é sempre um setor hegemônico(as classes
altas)que se beneficia.Mas nem sempre:setores populares também as vezes comem o
seu naco de carne(bem menos é verdade).
No passado
havia uma formula que dizia ser impossível juntar o fraco e o forte num mesmo
lugar.Não há igualdade evidentemente.
Mas não
ficou provado que a proposta de utopia que se fixou no século XX garantiu esta
igualdade.
E existem
outras formas de igualdade,inclusive por cima:se todas as pessoas pudessem ter
um nível de vida elevado isto não seria uma utopia também?Mesmo que ainda permanecessem
classes?Darei prosseguimento em próximos artigos a este tema,tratando do
dinheiro e das classes.
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