A fala de Lula sobre a Venezuela
não é suficiente.Em politica um elemento só do discurso não é capaz de dar
prova das intenções do politico que o expressa.
Porque uma fala solitária pode
ser usada para outros fins que não a construção da verdade e da democracia.
Ao longo da história nós vemos exemplos:quantas
vezes no cinema americano as duas posições,democrata e republicana são
reconhecidas nos filmes,num debate extra-partidário,mas cultural?
No tempo de Brejnev e no rastro dos acordos de
Helsinque o secretário-geral permitiu que fosse fundado um jornal underground e
alternativo(como o Pasquim aqui no
Brasil)critico ao regime.
Conta-se uma anedota de que numa
das edições,uma caricatura de Brejnev junto à sua mãe tinha os dizeres desta
ultima: “Se eu soubesse que você chegaria aqui eu teria mandado você estudar”(kkkk).
Mas isto não significa
democracia,que a democracia voltou na URSS,em 1978.Isto é democratismo como
tantas vezes tenho falado aqui.E na verdade serve ao propósito de
manutenção da ditadura.
Não estou dizendo que o Pasquim
cumpria este papel ,mas no fundo a nossa ditadura alegava que a presença de críticos
desta natureza só confirmava que não havia regime militar,mas uma...democracia
mesmo...
Ao condenar a Venezuela, o
caminho de compromisso real com a democracia,começou,mas não é suficiente.
Porque depois, fatos
subsequentes justificam uma aliança com este país e seus rompantes e o que foi construído
vai por agua abaixo.
E não s e deve depender deste fatos subsequentes.Há que se adiantar e
provar culturalmente o compromisso com a democracia e o estado de direito.
É pouco,ainda.
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