quinta-feira, 11 de abril de 2024

Lula e a democracia

 

A fala de Lula sobre a Venezuela não é suficiente.Em politica um elemento só do discurso não é capaz de dar prova das intenções do politico que o expressa.

Porque uma fala solitária pode ser usada para outros fins que não a construção da verdade e da democracia.

Ao longo da história nós vemos exemplos:quantas vezes no cinema americano as duas posições,democrata e republicana são reconhecidas nos filmes,num debate extra-partidário,mas cultural?

No tempo  de Brejnev e no rastro dos acordos de Helsinque o secretário-geral permitiu que fosse fundado um jornal underground e alternativo(como o Pasquim  aqui no Brasil)critico ao regime.

Conta-se uma anedota de que numa das edições,uma caricatura de Brejnev junto à sua mãe tinha os dizeres desta ultima: “Se eu soubesse que você chegaria aqui eu teria mandado você estudar”(kkkk).

Mas isto não significa democracia,que a democracia voltou na URSS,em 1978.Isto é democratismo como tantas vezes tenho falado aqui.E na verdade serve ao propósito de manutenção da ditadura.

Não estou dizendo que o Pasquim cumpria este papel ,mas no fundo a nossa ditadura alegava que a presença de críticos desta natureza só confirmava que não havia regime militar,mas uma...democracia mesmo...

Ao condenar a Venezuela, o caminho de compromisso real com a democracia,começou,mas não é suficiente.

Porque depois, fatos subsequentes justificam uma aliança com este país e seus rompantes e o que foi construído vai por agua abaixo.

E não s e deve depender  deste fatos subsequentes.Há que se adiantar e provar culturalmente o compromisso com a democracia e o estado de direito.

É pouco,ainda.

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