Com este título eu já vou criar
barreiras na apreciação do meu artigo e do meu trabalho.Borges disse uma vez:“talvez
seja imprudente começar a escrever”.
Eu vivo numa época diferente daquela
quando era criança:só se falava em cientistas e criadores em geral.
Todo domingo no Fantástico ,aparecia
sempre um intelectual,um cientista ,um criador em qualquer área.Não era como
hoje em que os “ heróis” são Suzane Richthoffen ,Xampinha...
Após o fim da ditadura,novas
manifestações culturais se fizeram presentes e tudo estava bem.
Mas a partir do final dos anos
80 o fim da criação,o fastio com os intelectuais ,que caíram junto com o muro
de Berlim e o fim da URSS,criou esta sociedade do espetáculo,do fake,destinada
a reproduzir capital sem nada no meio.
O meu objetivo não compreendido
aqui não é aparecer.Eu sei que há muitos invejosos que insistem em me tachar ,mas
o que eu quero fazer aqui é aquilo que Darci Ribeiro(mal comparando)disse uma
vez: “ficar na cacunda dos homens para poder instá-los a mudar o mundo para melhor”.Só
isto.
O reconhecimento que eu peço não
é para ser exaltado,participar de festas ,ser olhado por meninas e ter
sucesso,como quem bebe champanhe no café da manhã.
Eu sempre quis contribuir para o
meu páis e para a humanidade ,por mínimo que fosse esta contribuição.
Dizem que o “Principe” de
Maquiavel é um pedido de emprego aos Medici ,para orientá-los a unificar a Itália
,tarefa histórica,que ele Machiavell desejava realizar.Para ele o inferno era “querer
fazer as coisas e não poder,porque os outros põem barreiras irracionais ao seu ´direito´”.
Não pude fazer politica,porque jamais aceitaria e compactuaria com os modos de fazê-la hoje em dia:como um
negócio,em que vale tudo,principalmente o que está errado.
Por isto eu escrevo.
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