Eu não quero parecer moralista
ou saudosista.No mundo em que nós vivemos há muitas coisas positivas:a
juventude se tornou mais forte,no sentido de não cair no drama e entender mais
e melhor o mercado.
Por outro lado a criança se
tornou mais sexual:meninas grávidas aos treze anos são frequentes.`
Pensar numa figura de criança como
o “Menino Maluquinho”,sem nenhum laivo de sexualidade marca um ponto para o
passado,sem saudosismo,já disse.
E pensar nas preocupações
culturais de Ziraldo e dos esforços que ele fazia para associar a sua arte à educação.Embora não
fosse acadêmico vivia brotando de sua cabeça do povo,do produtor cultural
oriundo do povo, idéias e mais idéias ,para melhorar a condição de aprendizado das crianças,antes de discutir
questões propriamente sexuais,que hoje vêm antes da formação.
No passado estas coisas já
existiam mas se tornaram dominantes em função de interesses midiológicos de
poder e de dinheiro,que cultuam o corpo,inclusive e principalmente dos mais
jovens,para reproduzir o capital e concentrá-lo na mão de poucos.
A morte de Ziraldo põe a questão
de como fica a resistência cultural brasileira,que com a morte de outros,nos anos
recentes,se vê seriamente comprometida.
A sua morte implica em mais
dificuldades para os que permanecem aqui(por enquanto),vivendo neste “manicômio”
dinheirista,que é o mundo atual das fake News.
Ele mesmo, Ziraldo sofreu,em
plena democracia,censura e repressão quando publicou a verdade sobre o
Brasil,na revista BUNDAS (a revista que é a cara do Brasil).
Era o sinal do que estamos
presenciando hoje:o fim da resistência cultural e humana(?).
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