É
uma lástima na história do Brasil que a centro -esquerda queira
sempre ser mais radical do que a esquerda propriamente dita.O medo de
ficar no centro é cair na direita,então o centro-esquerda sempre
pende para a esquerda radical,mas o lugar dele é na centro-esquerda
mesmo.
O
caso clássico que eu já analisei na história do Brasil é o de
Brizola que,antes de Prestes entrar no PDT,era profundamente
anti-comunista mas radicalizava para competir com os
comunistas,inflando uma situação de perigo vermelho,da qual ele
fazia parte.
Mas
Ciro Gomes está repetindo estes erros do passado e de Brizola.O
caminho do centro,da centro esquerda é não radicalizar,é se apoiar
nas características médias do povo brasileiro para impulsionar o
Brasil,dexiando de lado estes extremos que não ajudam em nada.O
debate aqui no Brasil(e em muitos lugares)é esta gangorra
mercado/estado,mas o que a equilibra é a nação.
Ciro
fica fazendo elogios à politica externa do PT ,bem como a
realizações de seu governo,esperando capitalizar setores do partido
para si,numa lógica impossível,porque o petista não vai fazer isto
e na hora de lutar por espaço,no plano de cima da politica, o choque
é inevitável e ele,Ciro, perde.
Talvez
o candidato não queira fazer a ligação direta com o pvo,que fez as
manifestações,e com a média ética da sociedade brasileira,fiel à
democracia dos partidos,mas a conexão é legítima e afinal não é
verdade que ele não possa fazer alianças partidárias boas para seu
projeto.
Mas
aí ,como eu disse,o medo da direita,dos partidos da direita, faz o
seu papel psiquico de translação para a ultra-esquerda e para o
vocabulário compulsivo.
Ganhando
o povo brasileiro,Ciro pode pressionar setores do PT e de outros
partidos ,como PPS e PSB,para sua candidatura e evitar esta queda
para a direita.
O
que opera esta queda é ficar em cima do muro,sem proposta ou
programa ou com um discurso truncado,que se revelou na eleição do
ano passado.Vou tratar disto em outro artigo.
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