domingo, 6 de outubro de 2019

Os conselhos tutelares:uma nova frente da politica

Aqui na zona oeste,onde moro,se fala muito nas eleições deste domingo para os conselhos tutelares.Nunca houve tanta agitação para estas eleições,que estão mobilizando como se fossem eleições regulares.
Contudo,se é bom que tenha crescido a importância desta atividade,ela já nasce com os vicios de origem próprios e costumeiros do Brasil e ,especificamente,do Rio de Janeiro: a influência da politica,no seu pior sentido.Grupos de interesses escusos estão tentando ocupar este espaço ,que deveria ser o de ampliação dos direitos do povo menos favorecido e de sua proteção.
Aqui onde resido se fala muito que há candidatos apoiados pela milicia,nem mais nem menos!Seria uma contradição escandalosa,que,para cuidar de crianças em situação de vulnerabilidade,alguns dos responsáveis por esta situação fossem indicados para a função.
Vem à minha lembrança um episódio da vida de Al Capone,em que o bandido ajudou a comunidade a achar uma criança sequestrada,fato corriqueiro na história do banditismo em que,face à miséria e ao sofrimento,os marginais ocupam uma função heróica,diante de um estado que fica entre a omissão e a opressão.
O imenso oceano da miséria aceita ,não raro,posturas ambiguas,porque a lei e o estado não atuam nele,sendo esta uma das contradições do movimento social(tema para outro artigo).
Mas o movimento social,diante deste nova tragédia,que é crianças “ protegidas” por bandidos,deve repeli-la firmemente e é uma oportunidade para realizar esta desambiguação.

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