Aqui
na zona oeste,onde moro,se fala muito nas eleições deste domingo
para os conselhos tutelares.Nunca houve tanta agitação para estas
eleições,que estão mobilizando como se fossem eleições
regulares.
Contudo,se
é bom que tenha crescido a importância desta atividade,ela já
nasce com os vicios de origem próprios e costumeiros do Brasil e
,especificamente,do Rio de Janeiro: a influência da politica,no seu
pior sentido.Grupos de interesses escusos estão tentando ocupar este
espaço ,que deveria ser o de ampliação dos direitos do povo menos
favorecido e de sua proteção.
Aqui
onde resido se fala muito que há candidatos apoiados pela
milicia,nem mais nem menos!Seria uma contradição
escandalosa,que,para cuidar de crianças em situação de
vulnerabilidade,alguns dos responsáveis por esta situação fossem
indicados para a função.
Vem
à minha lembrança um episódio da vida de Al Capone,em que o
bandido ajudou a comunidade a achar uma criança sequestrada,fato
corriqueiro na história do banditismo em que,face à miséria e ao
sofrimento,os marginais ocupam uma função heróica,diante de um
estado que fica entre a omissão e a opressão.
O
imenso oceano da miséria aceita ,não raro,posturas ambiguas,porque
a lei e o estado não atuam nele,sendo esta uma das contradições do
movimento social(tema para outro artigo).
Mas
o movimento social,diante deste nova tragédia,que é crianças “
protegidas” por bandidos,deve repeli-la firmemente e é uma
oportunidade para realizar esta desambiguação.
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